13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

252<br />

4. PREMISSAS DO ESPAÇO CISTERCIENSE PORTUGUÊS<br />

enquanto el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong>sse mesmo corpo e por conseguinte seus construtores<br />

(Esq. 43). Segundo Georges Duby S. Bernardo foi um construtor com duplo título:<br />

“Porque, falando aos monges, lhes <strong>de</strong>screve o mo<strong>de</strong>lo pelo qual<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> conformar o edifício: o edifício <strong>cister</strong>ciense <strong>de</strong>ve ser a<br />

projecção <strong>de</strong> um sonho <strong>de</strong> perfeição moral, como os edifícios que<br />

Boullée e Ledoux sonharam construir. Construtor, Bernardo é-o,<br />

também, por ter falado aos homens do exterior, <strong>de</strong>sviando para<br />

Cister os favores do seu século e reunindo os meios para uma<br />

construção”. 119<br />

Esq. 43 Esqu<strong>em</strong>a-síntese da importância <strong>de</strong> S. Bernardo no que respeita à matéria e ao espírito na<br />

construção do i<strong>de</strong>al <strong>cister</strong>ciense (elaborado pela autora)<br />

Para S. Bernardo:<br />

“(…) o que é necessário é a unida<strong>de</strong>, esta parte excelente que<br />

nunca mais nos será tirada. A divisão cessará quando chegar a<br />

plenitu<strong>de</strong>. Então, a cida<strong>de</strong> santa <strong>de</strong> Jerusalém participará no<br />

próprio ser <strong>de</strong> Deus. Enquanto espera, o espírito <strong>de</strong> sabedoria não é<br />

apen<strong>as</strong> único, ele é múltiplo. Funda a interiorida<strong>de</strong> sobre a<br />

unida<strong>de</strong>, m<strong>as</strong> mantém uma distinção entre <strong>as</strong> manifestações<br />

exteriores da sua presença. (…) M<strong>as</strong> a unida<strong>de</strong> interior, esta<br />

unanimida<strong>de</strong> que se realiza no interior <strong>de</strong> cada um, reúne toda<br />

esta multiplicida<strong>de</strong> num molho b<strong>em</strong> atado pelo laço da carida<strong>de</strong> e<br />

da paz”. 120 E ainda “À unida<strong>de</strong> genética, que é a da or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>ve<br />

a arte <strong>cister</strong>ciense a sua própria unida<strong>de</strong>, que marca com um ar<br />

familiar <strong>as</strong> su<strong>as</strong> arquitectur<strong>as</strong>, da Escócia à Terra Santa, da Polónia<br />

à Espanha. No entanto, os mosteiros não são cópi<strong>as</strong> e a construção<br />

119 DUBY, Georges; São Bernardo e a Arte Cisterciense; col. Sinais; Edições ASA; Fevereiro 1997;pp.107-108<br />

120 DUBY, Georges; Op. cit.;p.109

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!