13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

332<br />

5. ARQUITECTURA CISTERCIENSE EM PORTUGAL<br />

Se o Claustro (Esq. 50) é o epicentro do Mosteiro, <strong>em</strong> termos<br />

arquitectónicos e funcionais, a Igreja 21 é o coração, o epicentro do “corpus”<br />

monástico, isto é, o coração que faz pulsar o sangue que flui para o “ora et<br />

labora”, é o centro anímico e espiritual do mosteiro. A igreja encontrava-se<br />

orientada <strong>em</strong> direcção ao levantar do sol, ao oriente, e era implantada no<br />

ponto mais elevado do vale. A sul encontravam-se ancorad<strong>as</strong> <strong>as</strong> <strong>de</strong>mais<br />

<strong>de</strong>pendênci<strong>as</strong> monástic<strong>as</strong>.<br />

De um modo geral a igreja <strong>cister</strong>ciense possui uma planta <strong>em</strong> cruz latina,<br />

disposta na maior parte dos c<strong>as</strong>os no lado norte do mosteiro, <strong>as</strong>sim como<br />

apresenta uma ábsi<strong>de</strong> direccionada a oriente. Como refere Tobin:<br />

“L’abbatiale <strong>cister</strong>cienne gar<strong>de</strong> du plan bénédictin la croix latine,<br />

r<strong>em</strong>plaçant l’absi<strong>de</strong> s<strong>em</strong>i-circulaire <strong>de</strong> la tradition bénédictin et le<br />

plus récent déambulatoire en <strong>de</strong>mi-cercle avec ses chapelles<br />

absidiales d’inspiration clunisienne, par un chœur <strong>de</strong> petite taille à<br />

chevet carré” 22<br />

Esq. 51 Esqu<strong>em</strong>atização indicativa do coro dos monges<br />

(elaborada pela autora)<br />

Deste modo, <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> cruz latina, a igreja era composta geralmente por<br />

três naves sendo a nave central subdividida no coro dos monges (chorus<br />

monachorum), antes do transepto (Esq. 51), e no coro dos conversos (chorus<br />

conversorum). (Fig. 209)<br />

O coro dos monges ocupa <strong>as</strong>sim <strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> arcad<strong>as</strong> da nave central,<br />

diante da capela-mor, e presbitério (Fig. 210 - 211), seguindo-se o coro dos<br />

21 Para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Igreja ver: BANGO, Isidro; El mon<strong>as</strong>terio medieval; Ed. Anaya; Madrid; 1990; pp. 42-43 /<br />

KINDER, Terryl N.; I Cisterciensi – vita quotidiana, cultura, arte; Biblioteca di Cultura Medievale; col. Di Fronte e<br />

Attraverso; nº 468; Editoriale Jaca book spa; Milano; 1998; pp. 89 - 131 / KINDER, Terryl N.; L’Europe Cistercienne;<br />

col. Les formes <strong>de</strong> la nuit; Ed. Zodiaque; 1998 / BORGES, Nelson Correia; Arquitectura Monástica portuguesa na<br />

época mo<strong>de</strong>rna (not<strong>as</strong> <strong>de</strong> uma investigação) in MUSEU; IV série; nº7; 1998; pp. 53 - 55; TOBIN, Stephen; Les<br />

Cisterciens – Moines et Mon<strong>as</strong>tères d’Europe; Les Éditions du Cerf; Paris 1995 ; pp. 88 - 100<br />

22 TOBIN, Stephen; Op. cit; p. 88

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!