13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

3. CISTER EM PORTUGAL: DAS ORIGENS À ACTUALIDADE<br />

Fig. 75 A Quinta do Campo (marcada a cor), pertencente aos Coutos <strong>de</strong> Alcobaça, não só foi a escola<br />

agrícola dos monges como <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> a uma vila florescente: Valado <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s, que se po<strong>de</strong> observar<br />

a Oeste, enquanto a Este da quinta, ainda hoje exist<strong>em</strong> férteis terrenos <strong>de</strong> cultivo, apesar <strong>de</strong> ser<strong>em</strong><br />

atravessados pela auto-estrada A8 como se po<strong>de</strong> observar na fotografia. (<strong>de</strong>senho da autora sobre<br />

fotografia aérea do IGeoE 64 )<br />

A primeira farmácia portuguesa foi a do Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Dom Maur Cocheril avança ainda com a suposição <strong>de</strong> que foi <strong>em</strong> Alcobaça que<br />

eventualmente po<strong>de</strong>rá ter surgido uma d<strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> instaurada<br />

pelos monges alcobacenses.<br />

A primeira escola <strong>de</strong> agricultura surge <strong>em</strong> Valado dos Fra<strong>de</strong>s e subsiste até<br />

1833. A granja da Vestiaria fabricava tecidos, a granja <strong>de</strong> Ferraria fabricava, entre<br />

outros objectos, arm<strong>as</strong>.<br />

As primeir<strong>as</strong> forj<strong>as</strong> portugues<strong>as</strong> surgiram <strong>em</strong> Águ<strong>as</strong> Bel<strong>as</strong> e <strong>em</strong> Ferrari<strong>as</strong>, nos<br />

Coutos <strong>de</strong> Alcobaça, pela mão dos aba<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Alcobaça que <strong>de</strong>ste modo<br />

introduziram, <strong>em</strong> Portugal, a indústria metalúrgica (Fig. 76).<br />

Com o p<strong>as</strong>sar do t<strong>em</strong>po a Abadia enriquece e transforma-se num po<strong>de</strong>roso<br />

feudo cuja opulência contr<strong>as</strong>tava com a simplicida<strong>de</strong> e a austerida<strong>de</strong> primitiv<strong>as</strong>.<br />

Acrescenta-se como curiosida<strong>de</strong> que a grandiosida<strong>de</strong> e a opulência do Mosteiro<br />

<strong>de</strong> Alcobaça eram tais que simplesmente a sua cozinha do século XVIII foi<br />

l<strong>em</strong>brada pelos escritos <strong>de</strong> William Beckford como “o mais notável t<strong>em</strong>plo <strong>de</strong><br />

glutonaria <strong>de</strong> toda a Europa”. 65<br />

64 Agora IGP – Instituto Geográfico Português<br />

65 BECKFORD, William; Alcobaça e Batalha – Recordações <strong>de</strong> Viag<strong>em</strong>; Ed. Vega; Lisboa 1997; p. 36<br />

171

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!