13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

146<br />

3. CISTER EM PORTUGAL: DAS ORIGENS À ACTUALIDADE<br />

pa<strong>de</strong>ceram trabalhos e <strong>de</strong>sgostos iguais <strong>em</strong> tudo como à sua primeira<br />

infelicida<strong>de</strong> e quão b<strong>em</strong> se po<strong>de</strong> explicar (?) que subindo ao céu os<br />

clamores <strong>de</strong> tant<strong>as</strong> filh<strong>as</strong> da religião perseguid<strong>as</strong> e <strong>de</strong>sterrad<strong>as</strong>, foi o<br />

Senhor servido a ouvir os rogos e permitir que subisse ao augusto trono<br />

<strong>de</strong>ste reino a rainha Nossa Senhora D. Maria I; que logo no princípio do<br />

seu governo, lamentando a <strong>de</strong>struição que tinha havido n<strong>as</strong> c<strong>as</strong><strong>as</strong> do<br />

Senhor e a impieda<strong>de</strong> e injustiç<strong>as</strong> com que se tinham <strong>de</strong>sterrado dos<br />

seus mosteiros a maior parte d<strong>as</strong> religios<strong>as</strong> <strong>de</strong>sta Congregação, foi<br />

servida a mesma senhora mandar que s<strong>em</strong> <strong>de</strong>mor<strong>as</strong> se repar<strong>as</strong>s<strong>em</strong><br />

todos os mosteiros <strong>de</strong>struídos e se restituísse a cada um <strong>as</strong> su<strong>as</strong><br />

respectiv<strong>as</strong> religios<strong>as</strong>. Em 28 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1777começava-se a obra do<br />

conserto <strong>de</strong>ste Mosteiro, não tendo ficado nele outra coisa mais que<br />

pare<strong>de</strong>s e telhados, e no espaço <strong>de</strong> mês e meio se pôs o Mosteiro<br />

pronto e a clausura <strong>de</strong>cente para se recolher<strong>em</strong> <strong>as</strong> religios<strong>as</strong>, tendo<br />

trabalhado <strong>em</strong> todo este t<strong>em</strong>po sessenta pesso<strong>as</strong> e <strong>em</strong> que se fez<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa. Sairiam logo <strong>as</strong> religios<strong>as</strong> <strong>de</strong> Odivel<strong>as</strong> no mês <strong>de</strong><br />

Set<strong>em</strong>bro do mesmo ano, se não houvesse inconvenientes para isso<br />

porém, vencido tudo, recolheram-se <strong>as</strong> religios<strong>as</strong> a este seu Mosteiro no<br />

dia 13 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro do ano <strong>de</strong> 1777, com gran<strong>de</strong> alegria e alvoroço<br />

<strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, repiques <strong>de</strong> sinos e mais festejos, entrando<br />

primeiramente <strong>as</strong> religios<strong>as</strong> para a igreja, post<strong>as</strong> na capela-mor seu<br />

Esposo Santíssimo, cantando o seu Te Deo pelos músicos da Sé.<br />

Acabad<strong>as</strong> <strong>as</strong> orações recolheram-se <strong>as</strong> religios<strong>as</strong> pela portaria para<br />

novamente povoar<strong>em</strong> este santuário que com tant<strong>as</strong> lágrim<strong>as</strong> foi<br />

<strong>de</strong>struído. E nos di<strong>as</strong> seguintes, da entrada, vieram tod<strong>as</strong> <strong>as</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> a esta igreja cantar a Deus louvores pela<br />

restauração da sua C<strong>as</strong>a. De tudo isto foram continuando <strong>as</strong> obr<strong>as</strong> que<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois anos se pôs o Mosteiro completo fazendo-se<br />

ultimamente esta obra no ano <strong>de</strong> 1779 sendo D. Aba<strong>de</strong>ssa a Madre D.<br />

Joaquina Leonor Quifel Barbarino <strong>de</strong> Almeida que foi segunda vez<br />

eleita, na primeira eleição que <strong>as</strong> religios<strong>as</strong> fizeram <strong>de</strong>pois que se<br />

recolheram a este mosteiro.” 50<br />

O século XIX trouxe consigo fortes doutrin<strong>as</strong> antimonástic<strong>as</strong> <strong>de</strong>correntes dos<br />

princípios e i<strong>de</strong>ais da Revolução Francesa. (Fig. 58)<br />

Em Portugal, <strong>as</strong> Inv<strong>as</strong>ões frances<strong>as</strong> s<strong>em</strong>earam um r<strong>as</strong>to <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição (Fig. 57)<br />

e saque dos mosteiros o que contribuiu ainda mais para agudizar o estado<br />

<strong>de</strong>plorável e <strong>de</strong> crise <strong>em</strong> que já se encontravam.<br />

50 Cfr anexo 9.2.8, pp. 1610-1611. Deve-se salientar que esta foi uma <strong>de</strong>scoberta interessantíssima, <strong>de</strong> algo que<br />

caíra no esquecimento da população <strong>de</strong> Portalegre, uma vez, que n<strong>em</strong> o próprio relações-públic<strong>as</strong> da GNR<br />

(entida<strong>de</strong> que ocupa o Mosteiro <strong>de</strong> S. Bernardo <strong>de</strong> Portalegre) sabia da sua existência.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!