13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

6. CISTER EM PORTUGAL: ARQUITECTURA vs. INSERÇÃO NO TERRITÓRIO<br />

6.1.<br />

A IMPORTÂNCIA DE CISTER NA ARQUITECTURA MEDIEVAL PORTUGUESA<br />

A arquitectura s<strong>em</strong>pre foi reveladora dos modos e pensamentos <strong>de</strong> uma<br />

época. Através do significado, que adquire na região on<strong>de</strong> que se insere,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os el<strong>em</strong>entos construtivos e materiais utilizados, à ornamentação utilizada<br />

ou da ausência <strong>de</strong>la, um edifício seja religioso ou profano po<strong>de</strong> ser cl<strong>as</strong>sificado<br />

estilisticamente e consequent<strong>em</strong>ente correspon<strong>de</strong>r a uma época cronológica<br />

específica.<br />

a b<br />

Fig. 286 Mosteiro <strong>de</strong> S. Pedro d<strong>as</strong> Águi<strong>as</strong>, o velho (a), Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria <strong>de</strong> Salzed<strong>as</strong> (b)<br />

(fotografi<strong>as</strong> da autora)<br />

Deste modo, do edificado <strong>de</strong> uma época <strong>de</strong>stacam-se s<strong>em</strong>pre os edifícios <strong>de</strong><br />

carácter marcante, no c<strong>as</strong>o religioso, edifícios capazes <strong>de</strong> acolher <strong>as</strong> gentes <strong>de</strong><br />

uma região, enquanto marco <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção, <strong>de</strong> cultura, <strong>de</strong> doutrina, <strong>em</strong> suma<br />

<strong>de</strong> Fé. A arquitectura religiosa é <strong>as</strong>sim um dos maiores e mais amplos test<strong>em</strong>unhos<br />

da vivência humana ao longo dos séculos (Fig. 286). É test<strong>em</strong>unho não só<br />

<strong>de</strong> receios e flagelos m<strong>as</strong> também <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento e júbilo <strong>de</strong> toda uma<br />

comunida<strong>de</strong> e consequent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> todos os grupos sociais que a compõ<strong>em</strong>.<br />

A linguag<strong>em</strong> arquitectónica <strong>as</strong>sociada aos primórdios da nacionalida<strong>de</strong><br />

foi o Românico. A expansão da arquitectura românica, <strong>em</strong> Portugal, coincidiu<br />

com o reinado <strong>de</strong> D. Afonso Henriques, estando relacionada não só com a<br />

organização eclesiástica diocesana e paroquial m<strong>as</strong> também com os mosteiros<br />

d<strong>as</strong> vári<strong>as</strong> or<strong>de</strong>ns monástic<strong>as</strong>, fundados ou reconstruídos no <strong>de</strong>correr dos séculos<br />

XII e XIII. Os principais encomendadores <strong>de</strong>sta nova arquitectura foram os<br />

bispos (d<strong>as</strong> dioceses então restaurad<strong>as</strong>), os priores e os aba<strong>de</strong>s dos mosteiros. 1<br />

1 Cfr. MARTINS, Ana Maria Tavares F.; Arquitectura Religiosa n<strong>as</strong> Beir<strong>as</strong> nos primórdios da Nacionalida<strong>de</strong> in<br />

“Arte, Po<strong>de</strong>r e Religião nos T<strong>em</strong>pos Medievais – A I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Portugal <strong>em</strong> Construção”; Ed. Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Viseu, Museu Grão V<strong>as</strong>co, Departamento dos Bens Culturais da Diocese <strong>de</strong> Viseu; Viseu 2009;<br />

pp 48-59<br />

453

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!