13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4. PREMISSAS DO ESPAÇO CISTERCIENSE PORTUGUÊS<br />

Este novo modo <strong>de</strong> encarar a arte t<strong>em</strong> início com a publicação <strong>de</strong> um<br />

dos primeiros tratados <strong>de</strong> S. Bernardo, a “Apologia para Guilherme, Aba<strong>de</strong>”<br />

(1125) que foi o resultado <strong>de</strong> uma querela, entre Cistercienses e Cluniacenses,<br />

sobre a interpretação da regra <strong>de</strong> S. Bento e traduziu-se na resposta <strong>de</strong> S.<br />

Bernardo (então já aba<strong>de</strong> <strong>de</strong> Claraval) a Guilherme, aba<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. Teodorico.<br />

Como refere Dom Angelico Surchamp, du<strong>as</strong> interpretações da mesma regra,<br />

amb<strong>as</strong> abençoad<strong>as</strong> pela Providência, não podiam <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> se afrontar mais<br />

tar<strong>de</strong> ou mais cedo. 59<br />

Fig. 118 Monge Negro e Monge Branco<br />

representados <strong>em</strong> pintura mural, da autoria <strong>de</strong><br />

Cláudio P<strong>as</strong>tro, existente na Sala do Capitulo do<br />

Mosteiro beneditino <strong>de</strong> Singesverga, Portugal<br />

(arquivo Frei Geraldo Coelho Di<strong>as</strong>).<br />

Neste escrito i<strong>de</strong>ológico encontra-se a dissertação teórica d<strong>as</strong> diferenç<strong>as</strong> entre<br />

<strong>as</strong> du<strong>as</strong> observânci<strong>as</strong> da Regra beneditina que <strong>de</strong>ste modo opunham<br />

“beneditinos cluniacenses” a “beneditinos <strong>cister</strong>cienses”, monges negros a<br />

monges brancos (Fig. 118).<br />

Até esse momento, e após um longo período <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, os<br />

beneditinos viviam <strong>as</strong> su<strong>as</strong> vid<strong>as</strong> mo<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> não só pela regra <strong>de</strong> S. Bento<br />

como também por diversos costumes resultantes <strong>de</strong> condicionantes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

vária (eclesiástica, litúrgica, económica, sociológica, psicológica). 60<br />

59 Cfr. SURCHAMP, Dom Angelico; L’esprit <strong>de</strong> l’art <strong>cister</strong>cien in “ L’Art Cistercien – France”;Ed. Zodiaque; 1982;<br />

p.16<br />

60 Ver LECLERCQ, Jean osb; introduction in Cistercians and Cluniacs. St. Bernard’s apologia to abbot William;<br />

Michael C<strong>as</strong>ey ocso (trad.); Cistercian Publications; Kalamazoo, Michigan; 1970; pp.3-4<br />

221

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!