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as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

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212<br />

4. PREMISSAS DO ESPAÇO CISTERCIENSE PORTUGUÊS<br />

Foi a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterar a situação pré-estabelecida que fez com que os<br />

<strong>cister</strong>cienses procur<strong>as</strong>s<strong>em</strong> um regresso às origens da regra <strong>de</strong> S. Bento, isenta<br />

d<strong>as</strong> interpretações e <strong>de</strong>svios dos séculos transcorridos, e <strong>as</strong>sim aos padres do<br />

Deserto tal, como estes no seu t<strong>em</strong>po, buscaram a “fuga mundi” e<br />

estabeleceram os princípios do monaquismo para se posicionar<strong>em</strong> num t<strong>em</strong>po<br />

e num espaço af<strong>as</strong>tado do mundo dos homens, vivendo para atingir Deus e<br />

sonhando com um mundo melhor, com o paraíso.<br />

Fig. 110 Jerusalém Celeste, iluminura, c. séc. XIV<br />

(arquivo B.N. France)<br />

Des<strong>de</strong> os primórdios da Ida<strong>de</strong> Média, quando se buscava o Paraíso Celeste e a<br />

comunhão com Deus, <strong>as</strong>pirava-se não ao regresso do É<strong>de</strong>n do Génesis (Génesis<br />

2; 8-10) 40 , m<strong>as</strong> sim à gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém Celeste (Fig. 110) apresentada<br />

pelo Apocalipse <strong>de</strong> S. João (Fig. 111) e símbolo urbano da salvação e da vitória<br />

d<strong>as</strong> forç<strong>as</strong> do b<strong>em</strong> sobre o mal (Apocalipse 21 e 22). Como refere S. João:<br />

“ 1 Vi, <strong>de</strong>pois, um novo Céu e uma nova Terra, porque o primeiro Céu<br />

e a primeira Terra haviam <strong>de</strong>saparecido, e o mar já não existia. 2 E vi<br />

a cida<strong>de</strong> Santa, a nova Jerusalém que <strong>de</strong>scia do Céu, <strong>de</strong> junto <strong>de</strong><br />

Deus, bela como uma esposa que se ataviou para o seu esposo.<br />

(…) 9 Então um dos sete anjos (…) 10 Transportou-me <strong>em</strong> espírito ao<br />

40 8 Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no É<strong>de</strong>n, ao oriente, e nele colocou o hom<strong>em</strong> que havia<br />

formado. 9 O Senhor Deus fez <strong>de</strong>sabrochar da terra toda a espécie <strong>de</strong> árvores agradáveis à vista e <strong>de</strong><br />

saborosos frutos para comer; a árvore da vida, ao meio do jardim; e <strong>as</strong> árvores da ciência do b<strong>em</strong> e do mal.<br />

10 Um rio n<strong>as</strong>cia no É<strong>de</strong>n e ia regar o jardim, dividindo-se a seguir <strong>em</strong> quatro braços.

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