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as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

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5. ARQUITECTURA CISTERCIENSE EM PORTUGAL<br />

Esq. 67 Esqu<strong>em</strong>atização indicativa do Dormitório dos<br />

Monges (elaborada pela autora)<br />

Como refere o capítulo XXII da Regra <strong>de</strong> S. Bento:<br />

“Durma cada qual <strong>em</strong> seu leito separado. Receba cada um a roupa<br />

<strong>de</strong> cama <strong>de</strong> harmonia com o teor da vida (monástica) e consoante<br />

<strong>as</strong> <strong>de</strong>terminações do aba<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>ndo ser, durmam todos no mesmo<br />

lugar; se porém, não for possível, por ser<strong>em</strong> muito numerosos,<br />

repous<strong>em</strong> <strong>em</strong> grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z ou <strong>de</strong> vinte, com anciãos que olh<strong>em</strong><br />

por eles. No dormitório haverá uma luz continuamente acesa, até <strong>de</strong><br />

manhã.(…) Estejam os monges s<strong>em</strong>pre aprestados; e dado o sinal<br />

levant<strong>em</strong>-se s<strong>em</strong> <strong>de</strong>mora e dê<strong>em</strong>-se pressa por chegar cada qual<br />

primeiro ao ofício divino, m<strong>as</strong> com toda a gravida<strong>de</strong> e modéstia.<br />

Os irmãos mais novos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter <strong>as</strong> cam<strong>as</strong> uns junto aos<br />

outros, m<strong>as</strong> entr<strong>em</strong>ead<strong>as</strong> com <strong>as</strong> dos anciãos.” 62<br />

O dormitório dos monges nos primeiros séculos da vida monástica <strong>cister</strong>ciense<br />

era uma ampla sala, localizada no primeiro andar da ala n<strong>as</strong>cente do claustro<br />

(Fig. 242).<br />

Havia também uma ligação directa à igreja, através <strong>de</strong> uma porta aberta<br />

na pare<strong>de</strong> do braço adjacente do transepto, como já foi anteriormente<br />

referido, utilizada para ace<strong>de</strong>r aos ofícios nocturnos, era a escada d<strong>as</strong> matin<strong>as</strong>.<br />

As cam<strong>as</strong> dispunham-se perpendicularmente às pare<strong>de</strong>s laterais, ficando<br />

a cabeceira junto à pare<strong>de</strong>. Segundo Nelson Correia Borges:<br />

“Este preceito, que proibia <strong>as</strong> cel<strong>as</strong> individuais, foi a pouco e pouco<br />

sendo transgredido, apesar do rigor regral imposto pela reforma<br />

<strong>cister</strong>ciense. Por cel<strong>as</strong> individuais entendiam-se divisóri<strong>as</strong> fechad<strong>as</strong><br />

com porta, provida <strong>de</strong> fechadura. Tolerava-se, portanto, a<br />

existência <strong>de</strong> tabiques baixos a separar os leitos, expediente que<br />

62 Ver capítulo XXII R.S.B. in Regra do Patriarca S. Bento; traduzido e anotado do latim pelos Monges <strong>de</strong><br />

Singeverga; 2ª edição; Edições “Ora & Labora”; Mosteiro <strong>de</strong> Singeverga; Singeverga; 1992; p. 65

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