13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

66<br />

2. CISTER: ANTECEDENTES, ORIGEM E ESTRUTURA<br />

Estêvão Harding foi a personag<strong>em</strong> <strong>de</strong> maior relevo da primeira f<strong>as</strong>e da história<br />

<strong>cister</strong>ciense pois ditou o significado <strong>de</strong> Cister como Or<strong>de</strong>m e como Abadia,<br />

legislou e organizou. (Fig. 14) Deste modo a sua acção e pensamento abriram<br />

caminho e possibilitaram <strong>as</strong> acções e pensamentos <strong>de</strong> Bernardo <strong>de</strong> Claraval.<br />

Tal como refere Pacaut:<br />

“C’est lui, en affect, qui, au cours d’un abbatiat <strong>de</strong> près <strong>de</strong> vingt-cinq<br />

ans, «fait» Cîteaux et «fait» l’ordre <strong>cister</strong>cien. Il en est le législateur et<br />

l’organisateur. Il en marque profondément la genèse par sa reflexion<br />

et son action, sans lesquelles celles <strong>de</strong> Bernard <strong>de</strong> Clairvaux n’auraint<br />

p<strong>as</strong> pu s’élaborer et s’accomplir ou, pour le moins, n’auraient p<strong>as</strong> été<br />

ce qu’elles furent.” 82<br />

Fig. 14 S. Bernardo, transepto do Mosteiro<br />

<strong>de</strong> Santa Maria <strong>de</strong> Oseira,<br />

Galiza, Espanha, fotografia da<br />

autora)<br />

Bernardo <strong>de</strong> Fontaine chegou a Cister, <strong>em</strong> 1112, durante o abaciado <strong>de</strong> Estêvão<br />

Harding, acompanhado <strong>de</strong> alguns monges. Este facto <strong>de</strong>u à recém n<strong>as</strong>cida<br />

Or<strong>de</strong>m um impulso cuja amplitu<strong>de</strong> se propagou ao longo <strong>de</strong> séculos.<br />

Como refere o Exordium Cistercii no seu capítulo II:<br />

“Foi então que Deus, para qu<strong>em</strong> é fácil d<strong>as</strong> pequen<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> fazer<br />

cois<strong>as</strong> gran<strong>de</strong>s e do pouco tirar o muito, inflamou o coração <strong>de</strong> um<br />

grupo <strong>de</strong> homens e, contra tudo o que seria <strong>de</strong> esperar, os levou a<br />

imitá-los, por tal forma que <strong>de</strong> uma só vez foram trinta os que, <strong>de</strong><br />

entre clérigos e leigos, homens nobres e po<strong>de</strong>rosos, aos olhos do<br />

mundo, se dispuseram a viver <strong>em</strong> comum no claustro dos noviços<br />

para fazer<strong>em</strong> a sua provação.<br />

Visitada <strong>as</strong>sim pelo céu <strong>de</strong> modo tanto inesperado e feliz, pô<strong>de</strong><br />

finalmente, e não s<strong>em</strong> razão, entrar <strong>em</strong> júbilo a estéril que não dava<br />

à luz, tantos se haviam tornado os filhos da abandonada.” 83<br />

82 Cit. PACAUT, Marcel; Op. cit.; p.51<br />

83 Cfr. Exordium Cistercii, cap.II in “CISTER: os Documentos Primitivos”; Tradução, Introduções e Comentários<br />

<strong>de</strong> Aires A. N<strong>as</strong>cimento; Edições Colibri; Lisboa; Março 1999; pp.51-52

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!