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as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

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7. CISTER: PATRIMÓNIO, REABILITAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE<br />

do-o e, b<strong>em</strong> <strong>as</strong>sim, explorando-o e <strong>de</strong>senvolvendo-o, no campo<br />

material e simbólico;<br />

4. O reconhecimento da especificida<strong>de</strong> da herança da Or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> Cister cristalizada nos vestígios, test<strong>em</strong>unhos, monumentos e<br />

m<strong>em</strong>óri<strong>as</strong> residuais e activ<strong>as</strong>, express<strong>as</strong> ainda hoje nos particularismos<br />

d<strong>as</strong> vivênci<strong>as</strong> dos territórios outrora <strong>cister</strong>cienses;<br />

6. O reconhecimento do património da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister como<br />

pólo catalisador da regeneração d<strong>as</strong> respectiv<strong>as</strong> envolventes<br />

urban<strong>as</strong> e d<strong>as</strong> componentes paisagístic<strong>as</strong> e ambientais com<br />

aquele relacionad<strong>as</strong>;” 82<br />

Relativamente ao legado <strong>cister</strong>ciense e seu resgate, enquadrado numa<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação, refere Paulo Pereira:<br />

“Na procura da excepção, portanto se situaria a nossa possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resgate, <strong>de</strong> resgate da matéria <strong>de</strong> reconhecimento da beleza<br />

<strong>de</strong> restauro <strong>de</strong> uma axiologia <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> valores estáveis<br />

e positivos. Estaríamos ou estar<strong>em</strong>os já perante a socieda<strong>de</strong> da salvaguarda<br />

(…). Uma socieda<strong>de</strong> da conservação m<strong>as</strong> não <strong>de</strong> conservadores,<br />

<strong>em</strong> que o projecto da nossa cont<strong>em</strong>poraneida<strong>de</strong> p<strong>as</strong>sará<br />

pela manutenção e não pela construção. Pelo restauro e não<br />

pela renovação. Pelo reconhecimento <strong>de</strong>sse conjunto <strong>de</strong> cois<strong>as</strong> a<br />

que chamamos património cultural e que, providos <strong>de</strong> sentido simbólico,<br />

precisamente, iluminam o nosso caminho.” 83<br />

De facto uma visão cont<strong>em</strong>porânea do património <strong>de</strong>verá <strong>de</strong> fazer face aos<br />

novos paradigm<strong>as</strong> <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> d<strong>as</strong> cida<strong>de</strong>s europei<strong>as</strong>, b<strong>as</strong>ead<strong>as</strong> na<br />

dupla qualificação, da vida urbana e dos respectivos estatutos i<strong>de</strong>ntitários,<br />

culturais e criativos. Como refere Andreia Galvão:<br />

“Se o século XX colocou o patamar do património na sua dimensão<br />

económica e tecnológica, o século XXI aponta a sua dimensão<br />

social como um dos <strong>as</strong>pectos fulcrais para o seu entendimento,<br />

como b<strong>em</strong> o reflecte a Convenção <strong>de</strong> Faro sobre o valor do património<br />

cultural na socieda<strong>de</strong> cont<strong>em</strong>porânea. Desta forma o património<br />

adquire a sua real dimensão social e p<strong>as</strong>sará a ser entendido<br />

necessariamente como parte <strong>de</strong> uma política integral e fazendo<br />

parte activa do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento d<strong>as</strong> comunida<strong>de</strong>s.” 84<br />

82 Alíne<strong>as</strong> nº 3, 4 e 6 da carta <strong>de</strong> Alcobaça constante na sua integralida<strong>de</strong> no anexo 9.2.2., pp. 1595-1596<br />

<strong>de</strong>sta tese.<br />

83 PEREIRA, Paulo; Op. Cit; p.412<br />

84 GALVÃO, Andreia; Op.cit<br />

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