13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

406<br />

5. ARQUITECTURA CISTERCIENSE EM PORTUGAL<br />

fizeste». (…)Para os doentes <strong>de</strong>ve haver uma cela à parte, <strong>de</strong>stinada<br />

a esse fim, e um servente t<strong>em</strong>ente a Deus, diligente e solícito.” 104<br />

Segundo Fergusson a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister terá tido contacto com os avanços<br />

medicinais muçulmanos e bizantinos que eram ensinados n<strong>as</strong> gran<strong>de</strong>s escol<strong>as</strong><br />

<strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> Montpellier e <strong>de</strong> Sallerne. 105<br />

A enfermaria <strong>de</strong>veria localizar-se s<strong>em</strong>pre af<strong>as</strong>tada do principal núcleo<br />

monástico, não só para evitar contágios e propagação <strong>de</strong> doenç<strong>as</strong> com<br />

também para dotar os pacientes <strong>de</strong> maior conforto e sossego. Refere Nelson<br />

Correia Borges que “A sua estrutura foi s<strong>em</strong>pre s<strong>em</strong>elhante à do dormitório,<br />

quer no t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que foi espaço comum, quer <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se p<strong>as</strong>sar<strong>em</strong> a<br />

utilizar cel<strong>as</strong> individuais.” 106<br />

Os doentes eram divididos <strong>em</strong> três grupos:<br />

1. Convalescença<br />

Este é o mais numeroso grupo composto por aqueles que tivess<strong>em</strong><br />

recent<strong>em</strong>ente utilizado um silício, o que correspondia a uma<br />

“enfermida<strong>de</strong>” breve e <strong>de</strong> rápida cura, exceptuando aqueles que<br />

tivess<strong>em</strong> complicações resultantes <strong>de</strong>ssa prática (estes curavam-se<br />

na enfermaria ao contrário dos primeiros)<br />

2. Convalescença “extra chorum”<br />

Grupo composto por todos aqueles cujo estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> exigia<br />

que estivess<strong>em</strong> af<strong>as</strong>tados do coro (extra chorum) m<strong>as</strong> não<br />

suficient<strong>em</strong>ente doentes para que a recuperação d<strong>as</strong> su<strong>as</strong><br />

maleit<strong>as</strong> fosse realizada na enfermaria.<br />

3. Convalescença na enfermaria<br />

Grupo composto por todos aqueles que apresentavam um quadro<br />

clínico grave <strong>de</strong> doença que tinha <strong>de</strong> ser efectivamente tratado na<br />

enfermaria.<br />

A enfermaria funcionava como um mosteiro <strong>de</strong> reduzid<strong>as</strong> dimensões, até<br />

porque cada doente era antes <strong>de</strong> mais um monge. Refere Terryl Kin<strong>de</strong>r:<br />

“L’infermeria funzionava come una sorta di piccolo mon<strong>as</strong>tero nel<br />

mon<strong>as</strong>tero. Per quanto possibile, vi si osservava il silenzio e gli uffici<br />

venivano svolti esattamente como in comunità. L’infermiere<br />

accen<strong>de</strong>va la can<strong>de</strong>la per il Mattutino; per i vari uffici portava i libri<br />

di cui c’era bisogno dalla chiesa e poi li rimetteva al loro posto; in<br />

oltre doveva <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>re quale <strong>de</strong>i fratelli presenti fosse<br />

104 Ver Capítulo XXXVI R.S.B. in Regra do Patriarca S. Bento; traduzido e anotado do latim pelos Monges <strong>de</strong><br />

Singeverga; 2ª edição; Edições “Ora & Labora”; Mosteiro <strong>de</strong> Singeverga; Singeverga; 1992; p. 82<br />

105 Ver FERGUSSON, Peter; Les Cisterciens et le Roman in “ Citeaux 1098 – 1998, L’Épopée Cistercienne –<br />

Dossiers d’Archeologie”; n. 229; Dec. 97 – Jan. 98; p. 47<br />

106 BORGES, Nelson Correia; Op. cit.; p.49

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!