13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

286<br />

4. PREMISSAS DO ESPAÇO CISTERCIENSE PORTUGUÊS<br />

duplica no horário <strong>de</strong> Verão (30%) <strong>em</strong> relação ao horário <strong>de</strong> Inverno (15%).<br />

Também o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> abluções é maior no Verão (5%) do que no Inverno (3%).<br />

O t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>stinado à oração e ofício divino, <strong>em</strong> ambos os períodos (Verão<br />

e Inverno) é sensivelmente o mesmo. A ocupação da igreja durante o Inverno é<br />

<strong>de</strong> 23% enquanto no Verão é <strong>de</strong> 27% (note-se que também os di<strong>as</strong> <strong>de</strong> verão<br />

são maiores que os <strong>de</strong> Inverno).<br />

No que se refere ao t<strong>em</strong>po repartido entre a Sala dos Monges, Claustro e<br />

Exterior existe algum equilíbrio. Porém no Inverno, este somatório (75%) é superior<br />

ao do Verão (60%).<br />

No que respeita à ocupação do Refeitório, esta duplica no Inverno pois é<br />

necessário cuidar da alimentação do corpo para aguentar os invernos<br />

rigorosos. Deste modo, a ocupação do refeitório <strong>em</strong> horário <strong>de</strong> Verão é <strong>de</strong><br />

apen<strong>as</strong> 2% contra os 6% <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Inverno (mais uma refeição).<br />

Note-se que comparando o período <strong>de</strong> Inverno e o <strong>de</strong> Verão, s<strong>em</strong><br />

distinção entre horário diurno e nocturno, verifica-se exactamente a mesma<br />

ocupação da Igreja (26%), <strong>em</strong> ambos os períodos, p<strong>as</strong>sando-se o mesmo com<br />

a ocupação da Sala do capítulo (2%).<br />

O binómio espacial Sala dos Monges - Claustro diminui no Inverno (13%)<br />

<strong>em</strong> relação ao Verão (19%) uma vez que na no Inverno a ocupação da Sala<br />

dos Monges é intensificada por estar próximo da fonte <strong>de</strong> calor (Calefactório).<br />

O binómio espacial Sala dos Monges - Exterior é claramente superior no Inverno<br />

(28%) <strong>em</strong> relação ao Verão (13%) pela razão anteriormente apontada.<br />

Também a permanência no dormitório é superior no Verão (35%) <strong>em</strong><br />

relação ao Inverno (26%) o que se compreen<strong>de</strong> pelo tamanho dos di<strong>as</strong> e pela<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procurar um local fresco para recuperar corpo e espírito.<br />

Assim, po<strong>de</strong>-se afirmar que sensivelmente dois terços do dia, tanto no<br />

Inverno como no Verão, <strong>de</strong>stinam-se à oração e ao trabalho, restando apen<strong>as</strong><br />

um terço do dia para o <strong>de</strong>scanso.<br />

O t<strong>em</strong>po é cíclico, <strong>as</strong>sim como é cíclica a vida na clausura <strong>cister</strong>ciense,<br />

acompanhando o Verão e o Inverno <strong>as</strong>sim como o jogo da luz e da sombra<br />

que valorizam o espaço arquitectónico tornando-o perfeito para uma<br />

experiencia cont<strong>em</strong>plativa. Como refere Terryl Kin<strong>de</strong>r:<br />

“Ciò che si riscontra in una abbazia <strong>cister</strong>ciense, e con<br />

abbondanza, sono ‘la presenza e il gioco <strong>de</strong>lla luce’. È la luce <strong>de</strong>l<br />

sole che anima l’edificio durante il giorno, tracciando il profilo di<br />

ogni sporgenza e di ogni vano e valorizzando appieno il particolare<br />

<strong>as</strong>chitettonico.” 182<br />

182 KINDER, Terryl N.; Op. cit.; p.228

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!