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as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

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7. CISTER: PATRIMÓNIO, REABILITAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE<br />

Fig. 356 Gravura representando William Beckford,<br />

datada <strong>de</strong> 1835, elaborada por T. A.<br />

Dean a partir <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Sir Joshua<br />

Reynolds (Victoria and Albert Museum, British<br />

Galleries)<br />

Fig. 357 Gravura representando James Murphy,<br />

s/d, elaborada por W. Newton a partir <strong>de</strong> uma<br />

pintura a óleo <strong>de</strong> Sir Martin Archer Shee (RIBA<br />

archive)<br />

A William Beckford cabe talvez a mais extraordinária <strong>de</strong>scrição do Mosteiro <strong>de</strong><br />

Santa Maria <strong>de</strong> Alcobaça e da sua grandiosa cozinha, plena <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

na primeira pessoa aquando a sua visita ao mosteiro a 7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1794:<br />

“A primeira visão do real Mosteiro é imponente: cercada <strong>de</strong> bosques<br />

e riachos, a pitoresca al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> cujo seio tranquilo parece<br />

<strong>em</strong>ergir alivia-nos do sentimento <strong>de</strong> opressão que a enorme e<br />

dominadora m<strong>as</strong>sa dos edifícios conventuais inspira. (…) conduziram-me<br />

ao que julgo ser o mais notável t<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> glutonaria <strong>de</strong><br />

toda a Europa. (…) os meus olhos nunca viram nos mo<strong>de</strong>rnos conventos<br />

<strong>de</strong> França, Itália ou Al<strong>em</strong>anha, um espaço tão <strong>de</strong>scomunal<br />

reservado a fins culinários. Ao centro <strong>de</strong>sta imensa divisão<br />

magnificamente abobadada, <strong>de</strong> diâmetro não inferior a sessenta<br />

pés, corre um alegre regato <strong>de</strong> água claríssima que alimenta<br />

viveiros perfurados, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, com os mais belos peixes <strong>de</strong> rio<br />

<strong>de</strong> toda a espécie. A seguir a uma fila <strong>de</strong> lareir<strong>as</strong>, estendia-se<br />

outra <strong>de</strong> chaminés, e n<strong>as</strong> mes<strong>as</strong> via-se farinha <strong>de</strong> trigo <strong>em</strong> montes,<br />

branca como a neve, pilh<strong>as</strong> <strong>de</strong> açúcar, potes do mais puro azeite,<br />

e gran<strong>de</strong> fartura <strong>de</strong> m<strong>as</strong>s<strong>as</strong>, que uma numerosa tribo <strong>de</strong> irmãos<br />

leigos e <strong>de</strong> serventes estendia e mo<strong>de</strong>lava <strong>em</strong> c<strong>em</strong> feitios diferen-<br />

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