13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

216<br />

4. PREMISSAS DO ESPAÇO CISTERCIENSE PORTUGUÊS<br />

“Se possível for, <strong>de</strong>ve o mosteiro ser construído <strong>de</strong> forma a ter <strong>de</strong><br />

port<strong>as</strong> a <strong>de</strong>ntro tudo o necessário, a saber: água, moinho, horta,<br />

oficin<strong>as</strong> on<strong>de</strong> se exerçam os diversos ofícios, para que os monges<br />

não tenham necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> andar lá por fora, o que não é nada<br />

conveniente para <strong>as</strong> su<strong>as</strong> alm<strong>as</strong>.” 47<br />

Fig. 113 Maquete do Mosteiro i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> Saint Gall 48<br />

Um mosteiro com <strong>as</strong> característic<strong>as</strong> e perfeição como <strong>as</strong> que estão patentes no<br />

plano <strong>de</strong> Saint-Gall (Fig. 113) nunca po<strong>de</strong>ria ser construído na íntegra 49 pois é<br />

reflexo <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al que se aproxima cada vez mais da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus.<br />

Para além <strong>de</strong> toda a sua carga simbólica, o mosteiro, é um local<br />

funcional on<strong>de</strong> tudo t<strong>em</strong> a sua justificação e se insere no seu lugar planeado<br />

pois acima <strong>de</strong> tudo o mosteiro é um local <strong>de</strong> habitação dos Homens (os<br />

monges) m<strong>as</strong> também <strong>de</strong> Deus 50 espelhando a Jerusalém celeste na terra. O<br />

claustro segundo Bernardo <strong>de</strong> Claraval era o Paradisum Claustralis 51 sendo a<br />

47 Regra do Patriarca S. Bento, Cap. LXVI; traduzido e anotado do latim pelos Monges <strong>de</strong> Singeverga; Edições<br />

“Ora & Labora”, Mosteiro <strong>de</strong> Singeverga, Singeverga, 1992, 2 ed.<br />

48 In BRAUNFELS, Wolfgang; Op. cit.; p.38<br />

49 Ver ROSENAU, Helen; La Ciudad I<strong>de</strong>al.; Alianza Editorial; Madrid;1999; pp 37-53<br />

50 Ver DIAS, Geraldo Coelho; Do Mosteiro Beneditino I<strong>de</strong>al ao Mosteiro <strong>de</strong> S. Bento da Vitória. História, espaços<br />

e quotidiano dos monges in “O Mosteiro <strong>de</strong> S. Bento da Vitória. 400 anos ”; Edições Afrontamento; Porto; 1997;<br />

pp.13-37<br />

51 Ver MUMFORD, Lewis; A cida<strong>de</strong> na história - su<strong>as</strong> origens, transformações e perspectiv<strong>as</strong>; Martins<br />

Fontes/Editora Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Br<strong>as</strong>ília; São Paulo; 1961; p.271/ SIMSON, Otto von; La catedral gótica; Alianza<br />

Forma; Madrid; 2000; p. 64

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!