13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4. PREMISSAS DO ESPAÇO CISTERCIENSE PORTUGUÊS<br />

ex<strong>em</strong>plo o Mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria <strong>de</strong> Alcobaça com data <strong>de</strong> fundação <strong>de</strong><br />

1153 só teve a sua comunida<strong>de</strong> instalada (num mosteiro ainda incompleto,<br />

note-se) <strong>em</strong> Agosto <strong>de</strong> 1223, ou seja 70 anos <strong>de</strong>pois. 34<br />

4.2.<br />

MOSTEIRO COMO CIDADE IDEAL E PARADISUM CLAUSTRALIS<br />

O espaço monástico po<strong>de</strong>-se constituir como um organismo territorial<br />

apropriando-se do território, mo<strong>de</strong>lando-o e alterando-o conforme <strong>as</strong> su<strong>as</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s.<br />

M<strong>as</strong> também po<strong>de</strong> ser apresentado como um organismo urbano na<br />

medida <strong>em</strong> que po<strong>de</strong> ser entendido como tendo característic<strong>as</strong> urban<strong>as</strong>,<br />

fazendo parte integrante <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> urbana contribuindo para o seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. 35<br />

A cida<strong>de</strong> é constituída por um s<strong>em</strong> número <strong>de</strong> relações complex<strong>as</strong> entre<br />

aquilo que a compõe tanto materialmente como imaterialmente, tudo aquilo<br />

que lhe dá vida e confere existência sendo um<strong>as</strong> vezes <strong>de</strong> submissão, outr<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

reacção, pois a cida<strong>de</strong> é uma coexistência. M<strong>as</strong> a cida<strong>de</strong> também po<strong>de</strong> ser<br />

um i<strong>de</strong>al, ou pelo menos entendida como a procura <strong>de</strong>sse i<strong>de</strong>al.<br />

A cida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al alberga uma <strong>de</strong>terminada socieda<strong>de</strong>, <strong>as</strong>sim como a<br />

arquitectura que esta habita; é resultado <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho urbano próprio e<br />

po<strong>de</strong> ser possuidora <strong>de</strong> uma civilização própria, é contentor e conteúdo; é a<br />

<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al ou <strong>de</strong> uma civilização af<strong>as</strong>tada no t<strong>em</strong>po e<br />

no espaço; é a representação da sua forma arquitectónica quer seja pela<br />

pintura, perspectiva, maquete ou plano.<br />

A cida<strong>de</strong> ao ser i<strong>de</strong>alizada transgri<strong>de</strong> por vezes a imag<strong>em</strong> e a teoria,<br />

<strong>as</strong>sumindo por vezes uma forma concreta e experimental tentando <strong>as</strong> su<strong>as</strong><br />

incursões na realida<strong>de</strong>. 36<br />

34 Cfr.JORGE, Virgolino Ferreira; Organização Espacio-funcional da Abadia Cisterciense Medieva in “Act<strong>as</strong> do<br />

1º Encontro Cultural <strong>de</strong> São Cristóvão <strong>de</strong> Lafões: As Beir<strong>as</strong> e a presença <strong>de</strong> Cister – Espaço, Património<br />

edificado, Espiritualida<strong>de</strong>.”; Socieda<strong>de</strong> do Mosteiro <strong>de</strong> São Cristóvão <strong>de</strong> Lafões; São Cristóvão <strong>de</strong> Lafões;<br />

2006; p.74<br />

35 MARTINS, Ana Maria Tavares F; The Mon<strong>as</strong>tery <strong>as</strong> the City of God: I<strong>de</strong>als and Reality. St a Maria <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

a portuguese c<strong>as</strong>e in “THE PLANNED CITY?”; Ed. Attilio Petruccioli, Michele Stella, Giuseppe Strappa; vol. III;<br />

Union Gráfica Corcelli Editrice; Bari 2003; pp.760-764<br />

36 TAVARES MARTINS, Ana Maria; Do i<strong>de</strong>al no espaço monástico: utopia e realida<strong>de</strong>. O c<strong>as</strong>o <strong>cister</strong>ciense in<br />

UTOPIA AND UTOPIANISM – Utopian Studies Journal; nº 2; Ed. The University Book; Madrid 2007<br />

209

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!