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as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

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7. CISTER: PATRIMÓNIO, REABILITAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE<br />

Em 1960 termina a gestão do Engº Henrique Gomes da Silva à frente da<br />

Direcção Geral sendo substituído pelo Engº José Pereira da Silva facto que<br />

augurava um espírito <strong>de</strong> mudança uma vez que o Estado Novo envelhecia.<br />

Como refere Maria João Neto:<br />

“A abertura progressiva à evolução <strong>de</strong> conceitos e critérios fixados<br />

internacionalmente no domínio da salvaguarda do património<br />

construído, a par <strong>de</strong> uma mobilização interna dos serviços, que<br />

contava com um grupo dinâmico <strong>de</strong> arquitectos dirigentes, no<br />

contacto com áre<strong>as</strong> do saber <strong>de</strong> Arqueologia e História da Arte<br />

permitiram uma mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> filosofi<strong>as</strong> <strong>de</strong> actuação. Por<br />

outro lado, cada vez mais pesava a consciência da dispersão do<br />

regime jurídico do património, on<strong>de</strong> <strong>as</strong>sentava uma inconveniente<br />

e prejudicial divisão <strong>de</strong> competênci<strong>as</strong>. (…) Um <strong>de</strong>spacho conjunto<br />

d<strong>as</strong> Obr<strong>as</strong> Públic<strong>as</strong> e da Educação e Cultura, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

<strong>de</strong> 1974 afirmava a urgente precisão <strong>de</strong> criar ‘uma instituição<br />

que se responsabiliz<strong>as</strong>se pela protecção do nosso património<br />

regida por meio <strong>de</strong> legislação a<strong>de</strong>quada e eficiente’.” 21<br />

Em 1976 cessava a activida<strong>de</strong> do Engº Pereira da Silva, sendo substituído por<br />

Jaime Pereira Gomes interinamente até finais <strong>de</strong> 1976. Neste ano é nomeado<br />

o Engº João Miguel Cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> C<strong>as</strong>tro Freire. É sob a sua direcção que a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar e realizar projectos <strong>de</strong> Zon<strong>as</strong> <strong>de</strong> Protecção face ao<br />

novo e importante conceito <strong>de</strong> “envolvência” do monumento carente <strong>de</strong><br />

igual modo <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong> conservação. 22<br />

Como refere Maria João Neto:<br />

“Os novos conceitos <strong>de</strong> ‘conjunto’ e ‘sitio’ implicaram o alargamento<br />

da área a salvaguardar. A DGEMN mostra-se consciente<br />

da evolução da questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do património quando aposta<br />

na noção muito actual <strong>de</strong> ‘conservação integrada’ como metodologia<br />

correcta <strong>de</strong> actuação. (…) Tornava-se cada vez mais<br />

perceptível que o fenómeno da salvaguarda do património arquitectónico<br />

não <strong>de</strong>pendia apen<strong>as</strong> do arquitecto m<strong>as</strong> <strong>de</strong> uma equipa<br />

interdisciplinar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Arqueologia e História da Arte até às<br />

Engenhari<strong>as</strong> <strong>de</strong> Estrutur<strong>as</strong>, Materiais, Química, Min<strong>as</strong> e à própria<br />

Geologia. (…)o crescente <strong>de</strong>senvolvimento da industria do turismo<br />

implicava uma relação estreita <strong>de</strong> cooperação com <strong>as</strong> entida<strong>de</strong>s<br />

responsáveis pelo património ambiental, cultural e artístico. Neste<br />

domínio é formada, <strong>em</strong> 1977, uma equipa <strong>de</strong> trabalho no âmbito<br />

do Plano <strong>de</strong> Fomento Turistico-Cultural.” 23<br />

21 NETO, Maria João Baptista; Op. cit; pp.38-39<br />

22 I<strong>de</strong>m; p.40<br />

23 Ibi<strong>de</strong>m; p.40<br />

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