13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

5. ARQUITECTURA CISTERCIENSE EM PORTUGAL<br />

terapêutic<strong>as</strong> daquel<strong>as</strong> plant<strong>as</strong> cuj<strong>as</strong> pequen<strong>as</strong> s<strong>em</strong>entes lançavam à terra e<br />

mais tar<strong>de</strong> colhiam no horto do boticário. Est<strong>as</strong> plant<strong>as</strong> cuidad<strong>as</strong> com toda a<br />

<strong>de</strong>dicação e carinho, seguindo o ritmo do Ora et Labora, <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a<br />

medicamentos utilizados n<strong>as</strong> mais divers<strong>as</strong> patologi<strong>as</strong> 100<br />

A Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cister dá especial atenção aos idosos e doentes tendo por<br />

isso adoptado um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> hospício aberto 101 com capela própria, residência<br />

para o enfermeiro, jardim on<strong>de</strong> se cultivavam apen<strong>as</strong> espécies medicinais,<br />

banhos e claustro.<br />

Fig. 278 Enfermaria: Convento <strong>de</strong> Cristo (fotografi<strong>as</strong> da autora)<br />

A Regra <strong>de</strong> S. Bento especifica que cada mosteiro <strong>de</strong>ve ser dotado <strong>de</strong> uma<br />

enfermaria 102 ou então existirá um monge <strong>de</strong>stinado a cuidar especificamente<br />

dos seus irmãos doentes. Como refere Terryl Kin<strong>de</strong>r:<br />

“La ‘raison d’être <strong>de</strong>ll’infermeria era la cura particulare per i monaci<br />

che si ammalavano, senza mai dimenticare che essi rimanevano<br />

monaci anche durante la malattia.” 103<br />

Do mesmo modo o aba<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve velar pelos enfermos <strong>de</strong> maneira a aperceberse<br />

se existe algum tipo <strong>de</strong> negligência para com estes. A Regra <strong>de</strong> S. Bento<br />

chega mesmo a salientar no seu capitulo 36:<br />

“Antes e acima <strong>de</strong> tudo <strong>de</strong>ve-se ter cuidado dos doentes e servi-los<br />

como se foss<strong>em</strong> Cristo <strong>em</strong> pessoa, pois Ele disse: «Estive doente, e<br />

fostes-me visitar»; e: «O que fizeste a um <strong>de</strong>stes pequeninos, a mim o<br />

100 MARTINS, Ana Maria Tavares; Op. cit.<br />

101 Foram ex<strong>em</strong>plo do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> hospício aberto Rievaulx a partir <strong>de</strong> 1150 <strong>as</strong>sim como Tintern.<br />

102 Para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> enfermaria KINDER, Terryl N.; Op. cit.; pp. 207-212 / BORGES, Nelson Correia; Op. cit.;<br />

p.49<br />

103 KINDER, Terryl N.; Op. cit.; p. 208<br />

405

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!