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A alma do mundo - Roger Scruton

conservadorismo filosofia política

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fazer outras conexões, do que aquelas usadas e feitas pelas ciências

naturais.

Defender essa posição não é negar que nossas experiências têm

qualidades, ou que elas podem ser comparadas qualitativamente.

Atribuímos qualidades para muitas das nossas experiências não por

olharmos para dentro, mas por olharmos para fora, para as qualidades

secundárias dos objetos. Ver a cor vermelha é uma experiência visual

distinta; mas descrever essa experiência é descrever como são as coisas

vermelhas, o que, por sua vez, requer um ato de ostentação. Coisas

vermelhas são coisas que são assim; e ver a cor vermelha é uma experiência

visual que se tem quando você olha para alguma coisa assim. Olhar a cor

vermelha é diferente de olhar a cor verde porque as coisas vermelhas são

diferentes das coisas verdes. Sem dúvida, isso traz a questão sobre as

qualidades secundárias — será que elas realmente estão ali, nas coisas que

parecem as possuir? Tendo para a visão de que qualidades secundárias são

disposições para extrair experiências do observador normal, mas essas

mesmas experiências devem, por outro lado, ser identificadas por meio das

qualidades das coisas que percebemos. A circularidade desse relato é, para

mim, uma circularidade virtuosa e não viciosa. r Enquanto isso, devemos

observar que, para vários estados mentais, não há nenhum “como é” ser

neles. Não há nada de “como é” em acreditar que o dióxido de carbono é

um gás, imaginar se a Lua é feita de queijo, admirar Jane em vez de Mary,

duvidar das provas de Justin, entender o teorema de Pascal, ou até mesmo

ler esta frase. Ainda assim, esses estados mentais fazem parte da vida

interior tanto quanto sensações e percepções.

Intencionalidade

Parece-me que estes argumentos destroem os fundamentos para se pensar

na consciência como um resíduo peculiar, um brilho interno que, de alguma

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