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A alma do mundo - Roger Scruton

conservadorismo filosofia política

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O que há no nosso cérebro

Quando consideramos os animais não humanos, é difícil duvidar que eles

recebem informações do seu próprio corpo e do seu ambiente, e que tais

informações são processadas de alguma forma pelo seu sistema nervoso

central, do qual a parte mais importante é o cérebro, e que comportamento

resulta disso. Portanto, quando falamos de mentes animais, podemos

também falar de cérebros animais. E, se isso é verdadeiro em relação aos

animais, não seria também verdadeiro em relação aos humanos? Por que

resistir a essa conclusão, uma vez que abandonamos o dualismo cognitivo

que eu rejeitei nos dois primeiros capítulos deste livro?

Em seu livro extremamente influente, Neurophilosophy

[Neurofilosofia], publicado em 19866, Patricia Churchland recomenda que

perguntemos a nós mesmos em que exatamente a filosofia contribuiu para a

nossa compreensão dos processos mentais humanos — exatamente, isto é,

comparado às descobertas extensivas da neurociência. a A resposta é pouco,

muitas vezes quase nada, se depender do seu nível de exasperação.

Churchland é da opinião que argumentos filosóficos sobre nossos conceitos

existentes — os conceitos de “psicologia popular”, como ela os chama —

não têm importância real. Não que esses argumentos sejam “meramente

verbais”, como costumava ser dito no passado. É que eles ignoram o fato de

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