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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

vra, permite a rica troca <strong>na</strong> internet, principalmente a partir dos sites de redes<br />

sociais digitais. As tecnologias digitais em rede criam formas diversas de habitarmos<br />

as esferas do ciberespaço e das cidades, ampliando a nossa capacidade<br />

de participação que ocorre pela mediação da potência do diálogo em rede,<br />

proporcio<strong>na</strong>ndo o envolvimento de muitos inter<strong>na</strong>utas, geograficamente<br />

dispersos, em torno de um mesmo assunto.<br />

A conversa on-line tecida com os jovens Jorge, Felicia<strong>na</strong>, Thayane, Rodrigo,<br />

Patrick, Nogan, Nectar e Polobio aponta para o caráter colaborativo das<br />

redes sociais da internet, indispensável a que, mesmo à distância, todos tenham<br />

se envolvido taticamente <strong>na</strong> construção do cartaz de protesto contra<br />

a homofobia. Primo (2013) realiza inúmeras reflexões sobre a <strong>cibercultura</strong> e<br />

ressalta que, com a emergência das tecnologias de comunicação e informação,<br />

as práticas ativistas se beneficiaram das dinâmicas comunicacio<strong>na</strong>is das<br />

redes sociais da internet. Não há dúvida de que buscar estabelecer formas de<br />

dialogar sobre todo e qualquer tipo de tema, indo dos mais corriqueiros do<br />

dia a dia aos mais polêmicos como o projeto “cura gay”, é reconhecer o protagonismo<br />

dos jovens brasileiros hoje para expressarem suas ideias, opiniões,<br />

angústias etc., dentro de uma “política da liberdade [...] promovida pelas<br />

interfaces fáceis e baratas” (PRIMO, 2013, p. 17) dos sites de redes sociais da<br />

internet.<br />

Concluindo...<br />

Aos que consideram que as inúmeras intervenções das juventudes contemporâneas<br />

<strong>na</strong>s redes sociais não seriam modos válidos de participação política,<br />

Castro e Vasconcellos (2007) lembram que as ações políticas acio<strong>na</strong>das<br />

hoje por jovens vêm ocorrendo no ciberespaço, espaço diverso daqueles em<br />

que essas ações ocorriam anteriormente, o que leva a participação política a<br />

adquirir um novo horizonte tão ou mais capaz de promover a circulação de<br />

ideias que propiciem mobilizações.<br />

Esse novo horizonte pode ser representado pelo fato de que<br />

Os jovens se orientam em princípio pela irreverência, pelo questio<strong>na</strong>mento,<br />

por desestabilizar verdades, pela crítica e essas são construções<br />

importantes para o novo, para a renovação. Então participação de jovens é<br />

importante não somente para os jovens, mas para rejuvenescer o fazer politica,<br />

renovar a coisa pública. (CASTRO; VASCONCELOS, 2007, p. 110)

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