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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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Formação docente e discente <strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong> 143<br />

sultante de um processo de desenvolvimento e de constantes ressignificações<br />

da nossa relação sociotécnica.<br />

No sentido vygostkyano, a formação da mente ultrapassa a dimensão<br />

biológica do humano, estando relacio<strong>na</strong>da com as funções psicológicas superiores,<br />

não presentes em outras espécies animais. Essas funções psicológicas<br />

superiores se formam <strong>na</strong> interação do homem com seu entorno <strong>na</strong>tural<br />

e social de maneira mediatizada através de signos, expressão de uma<br />

determi<strong>na</strong>da cultura, sendo o mais importante dos signos a linguagem.<br />

O desenvolvimento da linguagem, produto das relações sociais (VYGOTSKY,<br />

1989), possibilitou uma evolução de <strong>na</strong>tureza cultural e consequentemente<br />

<strong>na</strong> multiplicação e diversificação dos instrumentos e artefatos técnicos,<br />

proporcio<strong>na</strong>ndo a adaptação do homem a qualquer entorno. Assim, o Homo<br />

sapiens, mediado pela linguagem e pelos instrumentos de trabalho, desenvolveu-se<br />

significativamente, produzindo técnicas e tecnologias presentes,<br />

hoje, em todos os contextos e ações dos indivíduos <strong>na</strong> sociedade.<br />

Diante dessa premissa, adotamos como pressuposto a perspectiva de que<br />

a linguagem digital em rede, característica do contexto da <strong>cibercultura</strong>, se<br />

situa como produção cultural contemporânea, em um processo histórico,<br />

que tem como antecedente, a linguagem oral e escrita, também denomi<strong>na</strong>da,<br />

a partir de Levy (1999) como linguagem tecnológica resultante de processos<br />

históricos sociais construídos em períodos específicos da civilização.<br />

É mister afirmar que o desenvolvimento sociotécnico agrega, em nossa<br />

compreensão, contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais<br />

que influenciam e condicio<strong>na</strong>m a nossa relação com a criação, produção e<br />

uso das tecnologias em diferentes tempos e espaços. Assim, a Revolução Digital,<br />

a <strong>mobilidade</strong> ubíqua através dos dispositivos móveis e das redes, possibilitando<br />

a interconexão mundial entre os computadores, características da<br />

<strong>cibercultura</strong>, ressignificam os processos de sociabilidades, formativos e de<br />

aprendizagem.<br />

A partir dessa breve contextualização sobre o desenvolvimento sociotécnico,<br />

chegando à <strong>cibercultura</strong>, cabe-nos indagar: como os profissio<strong>na</strong>is da<br />

educação, em especial os pedagogos, se percebem frente ao contexto da <strong>cibercultura</strong>?<br />

Como contribuir com a potencialização das aprendizagens em<br />

função de autorias frente às relações síncro<strong>na</strong>s e assíncro<strong>na</strong>s estabelecidas<br />

via tecnologias digitais em rede?

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