27.05.2016 Views

Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

152<br />

PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

imersões no campo, dialogar com as noções e conceitos discutidos e apresentados<br />

nos encontros presenciais, como uma forma de ampliar a sala de aula<br />

para além da sala de aula presencial, criando dispositivos para vivenciarmos<br />

de maneira formativa os espaços intersticiais.<br />

Para isso, utilizamos nossos aparelhos de telefone celular para a aquisição<br />

de informação através de suas múltiplas funções: máqui<strong>na</strong> fotográfica,<br />

televisão, tocador de música, receptor e emissor de e-mails, de mensagens via<br />

SMS, localizador geográfico etc. Entendemos que “o celular expressa a radicalização<br />

da convergência digital, transformando-se em um ‘teletudo’ para<br />

a gestão móvel e informacio<strong>na</strong>l do quotidiano. De media de contato inter-<br />

-pessoal, o celular está se transformando em um media massivo.” (LEMOS,<br />

2004, p. 6)<br />

A criação de atos de currículo baseados em<br />

aprendizagem móvel: a metodologia da pesquisa<br />

Em nossa pesquisa, compreendemos que não podemos separar a discussão<br />

sobre formação de qualquer relação significativa com o currículo (MACE-<br />

DO, 2011), assim, entendemos que para criar junto aos discentes atos de<br />

currículo atos de formação, precisamos partir de uma abordagem multirreferencial<br />

(ARDOINO, 1998) <strong>na</strong> qual a ciência é entendida como mais uma<br />

referência.<br />

Ao propor a noção de atos de currículo, Macedo (2011) busca inspiração<br />

<strong>na</strong> noção de ato em Bakhtin (2003) para afirmar que se trata de uma ação<br />

concreta, praticada por alguém situado. A noção de ato responsável está diretamente<br />

associada ao conteúdo desse ato, vinculado a um pensamento participativo,<br />

como explica Macedo (2011, p. 46):<br />

Ato, em Bakhtin, não se resume, portanto, nem a akt (ato puro simples),<br />

nem a tat (ação), do alemão filosófico. Bakhtin conjuga akt ao termo russo<br />

deiatel’nostpara significar ato/atividade. Assim, a experiência no mundo<br />

humano é sempre mediada pelo agir situado e avaliativo do sujeito, ao<br />

qual ele confere sentido a partir do mundo como materialidade concreta.<br />

O ato, portanto, postula, cria.<br />

Nesta perspectiva, compreendemos os atos de currículo criados <strong>na</strong> interface<br />

cidade/universidade/ciberespaço, como atos situados, onde privilegiamos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!