27.05.2016 Views

Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

300<br />

PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

“Um monte de entrada usb no currículo”:<br />

dinâmicas <strong>cibercultura</strong>is <strong>na</strong> escola<br />

Aproximar-se de uma nova dinâmica que rompe com a lógica escolar linear<br />

baseada <strong>na</strong> transmissão e <strong>na</strong> homogeneidade foi um movimento percebido<br />

em muitas aulas que acompanhamos, tanto de discipli<strong>na</strong>s técnicas quanto<br />

do núcleo comum. Essas tentativas se mostraram interessantes, uma vez que<br />

sugeriam rupturas no currículo, possibilitando repensar os processos de ensino-aprendizagem<br />

fragmentados.<br />

Seguindo algumas orientações presentes em documentos para educação<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l (Parâmetros Curriculares Nacio<strong>na</strong>is para o Ensino Médio e<br />

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio<strong>na</strong>l), a escola criou estratégias<br />

que orientam a prática pedagógica em direção a uma perspectiva interdiscipli<strong>na</strong>r.<br />

Percebemos que há um movimento de transformação da estrutura<br />

escolar convencio<strong>na</strong>l e uma busca em incluir o professor no processo, mas<br />

notamos também algumas barreiras relacio<strong>na</strong>das à formação desse professor.<br />

No entanto, cabe perguntar: qual mudança paradigmática não encontra<br />

barreiras ligadas a concepções arraigadas ao longo da história?<br />

De fato, são longas e processuais as rupturas paradigmáticas e o projeto<br />

político-pedagógico da escola em questão vem buscando promover rupturas<br />

a partir de uma nova maneira de produzir conhecimentos. Engajados<br />

nessa proposta e, muitas vezes, indo contra as certezas construídas ao longo<br />

da formação e do tempo de trabalho, professores do currículo técnico e do<br />

núcleo comum desenvolveram projetos integrados, articulando diferentes<br />

discipli<strong>na</strong>s em torno de uma única temática. Ao recorrermos aos autores<br />

que se dedicam a estudar sobre interdiscipli<strong>na</strong>ridade, observamos que é um<br />

ponto recorrente entre as diferentes falas a dificuldade de delimitação desse<br />

conceito. (FAZENDA, 1994; POMBO, 2005) Fazenda (2005) esclarece que<br />

esse termo surgiu como tentativa de se desenvolver uma prática pedagógica<br />

a partir de um referencial epistemológico diferente daquele marcado pelo<br />

positivismo. Na tentativa de se relacio<strong>na</strong>r com o conhecimento a partir de<br />

sua complexidade, muitas estratégias de encontros e diálogos entre diferentes<br />

discipli<strong>na</strong>s vêm sendo desenvolvidas e divulgadas através de artigos científicos,<br />

exposições em eventos e relatos <strong>na</strong> internet.<br />

Se essa questão já era uma preocupação <strong>na</strong> década de 1960 (FAZENDA,<br />

1994), a complexidade e a multidirecio<strong>na</strong>lidade com que os sujeitos da era<br />

digital se relacio<strong>na</strong>m com o saber tor<strong>na</strong>m a integração entre as discipli<strong>na</strong>s<br />

dentro da escola ainda mais necessária, uma vez que a lógica pautada <strong>na</strong> frag-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!