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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

feriam <strong>na</strong> autoria da informação, ou seja, havia interação sem interatividade,<br />

ape<strong>na</strong>s especialistas produziam conteúdos e distribuíam em massa para o<br />

acesso de outras pessoas. Para publicar e compartilhar informações e conhecimentos,<br />

era necessário conhecer a linguagem html.<br />

A segunda fase da <strong>cibercultura</strong>, fi<strong>na</strong>l dos anos 1990 e início do ano 2000,<br />

se caracteriza pela emergência da Web 2.0 com seus softwares sociais, com<br />

suas produções autorais – com destaque <strong>na</strong> emergência da educação on-line,<br />

mediada pelos ambientes on-line de aprendizagem –, pela <strong>mobilidade</strong> e<br />

convergência de mídias dos computadores portáteis e da telefonia móvel.<br />

A Web 2.0 modificou substancialmente o modo como nos colocamos diante<br />

do mundo e diante da produção de saberes e; a terceira fase, a da Web 3.0, de<br />

2010 para o momento atual, vem se caracterizando pela produção de conteúdos<br />

on-line cada vez mais perso<strong>na</strong>lizados, com base em publicidade que atende<br />

aos usuários individualmente, a partir de seus interesses e necessidades,<br />

ou seja, uma web inteligente. (LEMOS, 2013; SANTAELLA 2013; SANTOS,<br />

2011) Mas como se constituiu historicamente a relação entre o homem e a<br />

técnica? Uma vez criada uma técnica, essa determi<strong>na</strong> em seus usos e funções<br />

uma dada sociedade?<br />

O humano, como um ser geneticamente social e dotado da capacidade de<br />

aprender e transformar o espaço em que vive tem, ao longo da sua existência,<br />

produzido artefatos culturais que transformam a sua relação com o mundo.<br />

Cada momento da história tem sido marcada pela descoberta de uma cultura<br />

técnica particular. Nesse sentido, os fins do século XX e o processo de desenvolvimento<br />

do XXI têm sido marcados pela velocidade das transformações<br />

de uma cultura digital que tem causado mudanças nunca antes vistas <strong>na</strong> história<br />

da humanidade. Para Lemos (2013), as novas tecnologias parecem caminhar<br />

para uma onipresença, um hibridismo radical e quase imperceptível<br />

ao nosso ambiente cultural através do devir micro e do devir estético. Esse<br />

movimento está cada vez mais nos aproximando de uma comunicação em<br />

rede, <strong>na</strong> qual compartilhamos experiências das mais diversas.<br />

Em consonância com as ideias de Levy (1999) e Santaella (1997), afirmamos<br />

que as interações sociotécnicas são resultantes e se estabelecem dentro<br />

de uma dada cultura. Nesses processos de criação/produção de técnicas, os<br />

humanos, sujeitos sociais e culturais por excelência, transformam o meio e<br />

são por ele transformados. Sendo, portanto, a sociedade condicio<strong>na</strong>da pela<br />

técnica. Destarte, o lugar que estamos hoje – advento da <strong>cibercultura</strong> – é re-

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