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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

Quais não são as potencialidades, dentro do universo eufórico dos selfies,<br />

a ausência de informações imagéticas e diríamos, de forma mais ousada, a<br />

neutralidade dos códigos QR? Os quais, apesar de não nos dizerem muito à<br />

primeira vista, podem nos fazer perdidos <strong>na</strong> rede. Aproveite e experimente<br />

novamente estender esse texto, decodificando o QR-code para ser direcio<strong>na</strong>do<br />

para as nuvens. O que será que irá encontrar?<br />

Quais são afi<strong>na</strong>l as características das imagens voláteis? Sigamos com a<br />

autora deste termo, Santaella (2007, p. 386):<br />

Chamo essas imagens de ‘voláteis’, pois, além da enorme facilidade que<br />

elas instauram para se fotografar qualquer situação, em qualquer lugar,<br />

sua <strong>na</strong>tureza digital permite que elas sejam remetidas a quaisquer outros<br />

celulares com a mesma capacidade técnica ou para quaisquer termi<strong>na</strong>is de<br />

computador em quaisquer ponto do planeta. Isso faz delas imagens fluidas,<br />

soltas, viajantes, migrando de um ponto físico a outro com a leveza<br />

do ar. Mesmo viajando para os mais variados lugares, tem a capacidade<br />

de permanecer em todos eles ao mesmo tempo. Por isso são, sobretudo,<br />

imagens ubíquas.<br />

Isto compreendido, quais as relações entre tais imagens e a Educação?<br />

O ato educativo e as imagens sempre estiveram intrinsecamente ligados, se<br />

compreendermos as imagens no seu sentido mais amplo, como um gesto, por<br />

exemplo. Um gesto docente trata-se de um ato educativo. Um olhar de repreensão<br />

ou um de acolhimento destrincha relações comunicativas de aproximação<br />

ou recusa de um conhecimento. Além também das ideias imediatas<br />

que podemos imagi<strong>na</strong>r nessa relação tais como a seleção de imagens numa<br />

exibição de slides, num livro didático ou mesmo numa atividade mais direcio<strong>na</strong>da<br />

como a produção de cartazes sobre alguma temática. Certamente,<br />

a escolha feita por parte dos alunos e alu<strong>na</strong>s é avaliada pelos professores.<br />

Porém, seria saudável que você já estivesse nos julgando sobre pessoas cegas.<br />

E, neste caso, a imagem ganha ainda mais vigor, porque antes mesmo da sua<br />

estruturação física, pensamos com imagens. Nossa memória é permeada das<br />

mesmas. Se o pensamento é formado em grande parte por imagens, e se o conhecimento<br />

possui por matéria-prima o ato de pensar, compreendendo que<br />

este último não se segmenta do ato de fazer, podemos afirmar que o conhecimento<br />

é também formado por imagem. Mas existe ainda algo que não foi<br />

dito e que deixa ainda mais evidente essa relação. Vejamos a imagem a seguir:

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