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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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Formação docente e discente <strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong> 155<br />

Nessa obra, os movimentos do corpo fazem com que a noção de interatividade<br />

esteja presente tanto no ato do interlocutor quanto <strong>na</strong> criação que se<br />

forma <strong>na</strong> parede e no teto, pois ao movimentar a bolha, criamos desenhos<br />

próprios que emergem de nosso movimento corporal. Assim, o que é a obra?<br />

ADA ou o desenho <strong>na</strong> parede? Ou os dois?<br />

Essa pergunta nos remete à interatividade, dada pela intervenção dos<br />

praticantes culturais <strong>na</strong> obra, tal qual a ideia trazida por Silva (2000), ao<br />

apresentar a obra Parangolé, de Oiticica, como nos explica:<br />

O Parangolé rompe com o modelo comunicacio<strong>na</strong>l baseado <strong>na</strong> transmissão.<br />

Ele é pura proposição à participação ativa do ‘espectador’ – termo que<br />

se tor<strong>na</strong> i<strong>na</strong>dequado, obsoleto. Trata-se de participação sensório-corporal<br />

e semântica e não de participação mecânica. Oiticica quer a intervenção<br />

física <strong>na</strong> obra de arte e não ape<strong>na</strong>s contemplação imagi<strong>na</strong>l separada da<br />

proposição. O fruidor da arte é solicitado à ‘completação’ dos significados<br />

propostos no Parangolé. E as proposições são abertas, o que significa convite<br />

à co-criação da obra. (SILVA, 2000, p. 6)<br />

Figura 2 – Foto da obra ADA tirada com dispositivo móvel no Oi Futuro Flamengo<br />

Fonte: Arquivo pessoal de Aline Weber.

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