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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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O professor e a formação para a autoria <strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong> 89<br />

tecnologias não serem a solução para os problemas educacio<strong>na</strong>is, vemos, <strong>na</strong><br />

escola onde elas se fazem presentes, contextos propícios à invenção de novas<br />

práticas, fonte para novas propostas educacio<strong>na</strong>is. Assim, considerando a<br />

autoria no contexto da <strong>cibercultura</strong> como uma rede de criação, onde humanos<br />

e objetos sociotécnicos diversos se articulam, se engendram em torno de<br />

uma construção colaborativa para determi<strong>na</strong>da ação e/ou projetos, independente<br />

do espaço, físico ou virtual, emergem práticas que podem ser consideradas<br />

como indícios de autoria do professor no contexto da <strong>cibercultura</strong>.<br />

A pesquisa-formação: contribuição para<br />

a autoria do professor<br />

Para compreender a autoria do professor, consideramos adequado a apropriação<br />

de abordagens de pesquisa que tenham, em seu cerne, concepção e<br />

prática baseadas <strong>na</strong> implicação do pesquisador com o campo da pesquisa,<br />

onde seja possível construir junto com as praticantes, sujeitos da pesquisa, o<br />

conhecimento e a própria proposta metodológica. Daí resulta a nossa opção<br />

pela pesquisa-formação, inspirada nos estudos de Roberto Sidnei Macedo<br />

(2006, 2010). A pesquisa-formação, com base etnográfica, é entendida<br />

[...] como o conjunto de condições e mediações para que certas aprendizagens<br />

socialmente legitimadas se realizem, [...] como um fenômeno que<br />

se configura numa experiência profunda e ampliada do Ser humano, que<br />

aprende interativamente, de forma significativa, imerso numa cultura,<br />

numa sociedade, através das suas diversas e intencio<strong>na</strong>das mediações.<br />

(MACEDO, 2010, p. 21)<br />

Dessa forma, no papel de pesquisadores ativos e implicados com o processo<br />

formativo e de aprendizagens, vamos junto com os professores formando-os<br />

e nos formando. Edméa Santos (2005), ao se referir à pesquisa-<br />

-formação, afirma que a pesquisa não é um espaço para olhar o fenômeno de<br />

fora. Ao contrário, como corrobora Maria Tereza Freitas (2006, p. 153), “[...]<br />

é um espaço de formação e auto-formação, um espaço de implicação, onde<br />

o risco, a incerteza, a desordem serão contemplados sem perder o rigor de<br />

fazer ciência”.<br />

Tomando como base a abordagem da pesquisa-formação, vivenciamos<br />

uma experiência em uma escola. A nossa intenção, no papel de mediadores,

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