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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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Cultura da <strong>mobilidade</strong> 127<br />

diversas questões, fora ou em sintonia com tradicio<strong>na</strong>is organizações sociais<br />

e políticas. Nesse sentido, vivemos mais um hibridismo entre vida privada e<br />

vida pública, entre interesses individuais e coletivos.<br />

Conhecidos como smart mobs (RHEINGOLD, 2002), esses movimentos<br />

são atos imprevisíveis e momentâneos, compostos por pessoas que, mesmo<br />

sem se conhecerem, agem juntas; ao contrário dos movimentos sociais tradicio<strong>na</strong>is,<br />

não exigem uma coorde<strong>na</strong>ção central, pois são descentralizadas.<br />

As principais características são instantaneidade, difusão das informações<br />

em grande velocidade e agilidade <strong>na</strong> tomada de decisões e articulação das<br />

ações. Têm caráter artístico e/ou político e representam práticas contemporâneas<br />

que reúnem um grande número de pessoas em locais predetermi<strong>na</strong>dos.<br />

São comuns em todo o mundo, inclusive no Brasil. Foram registrados<br />

movimentos de cunho político e manifestações lúdicas, conhecidas como<br />

flash mobs pela dinâmica em reunir um grupo de pessoas que se dissolve rapidamente.<br />

Segundo Santaella (2007, p. 186-187)<br />

Coorde<strong>na</strong>r ações grupais e sociais em tempo real só se tornou possível<br />

com as tecnologias móveis, coorde<strong>na</strong>ção entendida não ape<strong>na</strong>s no sentido<br />

de microcoorde<strong>na</strong>ção entre indivíduos, mas a macrocoorde<strong>na</strong>ção, como é<br />

o caso tão comentado dos flash mobs, manifestações relâmpagos em que<br />

as pessoas se comunicam via rede, marcam lugares físicos de concentração,<br />

reúnem-se por algum motivo ou mesmo sem motivo, às vezes chegando<br />

a uma multidão, para dispersarem-se logo em seguida.<br />

Essas mobilizações configuram um novo formato de manifestação, amplificada<br />

pela comunicação e tecnologias móveis. Desenvolvido informalmente,<br />

o movimento começa a partir de uma sucessão de trocas de e-mails<br />

e torpedos para os conhecidos ou posts <strong>na</strong>s redes sociais digitais, principalmente<br />

pelo Twitter, pela sua funcio<strong>na</strong>lidade instantânea. (SANTANA;<br />

COUTO, 2012) Normalmente, a divulgação ocorre a partir do smartphone,<br />

proporcio<strong>na</strong>ndo a di<strong>na</strong>micidade do movimento e caracterizando o processo<br />

de manifestação que se interconecta.<br />

A popularização dos smart mobs aconteceu pelo sucesso <strong>na</strong> internet e divulgação<br />

<strong>na</strong>s grandes mídias, em reportagens <strong>na</strong> TV e rádio. Contribui para<br />

a popularização do movimento, as trocas acontecerem <strong>na</strong>s conexões, com a<br />

difusão de informes sobre a manifestação e o movimento <strong>na</strong>s ruas.<br />

Tais ações políticas estão associadas ao que Jenkins (2009) considera<br />

como tendência da “cultura participativa” – deixa-se ape<strong>na</strong>s de consumir

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