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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

Marco Silva (2003), “cada professor com seus aprendizes podem criar possibilidades,<br />

as mais interessantes e diversas. É tempo de criar e partilhar on-<br />

-line soluções locais”. Segundo ele, vivemos em tempo de reinventar a velha<br />

sala de aula presencial, mesmo “infopobre” – independente da presença da<br />

tecnologia – a partir da dinâmica da <strong>cibercultura</strong>, dando abertura para a participação<br />

dos alunos.<br />

Nessa direção, o referido autor ainda nos alerta que em lugar de guardião<br />

da aprendizagem transmitida, o professor propõe a construção do conhecimento<br />

disponibilizando um campo de possibilidades, de caminhos que<br />

se abrem quando elementos são acio<strong>na</strong>dos pelos educandos. Ele garante a<br />

possibilidade de significações livres e plurais e, sem perder de vista a coerência<br />

com sua opção crítica embutida <strong>na</strong> proposição, coloca-se aberto a<br />

ampliações, a modificações vindas da parte dos aprendizes. Assim ele educa<br />

<strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong>, assim ele constrói cidadania em nosso tempo. (SILVA, 2003)<br />

A rede, além da interatividade alunos-alunos e alunos-professores, potencializou<br />

outra relação com as linguagens – com imagens, áudios, textos<br />

– a partir dos diversos hipertextos disponíveis <strong>na</strong> rede. Tudo interligado sob<br />

todos os tipos de associações, nós se criam e se recriam, se ressignificam,<br />

conforme o princípio da heterogeneidade. (LÉVY, 1999, p. 25) A apropriação<br />

dessas possibilidades da rede ampliou as atividades tradicio<strong>na</strong>is. Novas temáticas<br />

foram emergindo a partir de demandas da escola diante do contexto<br />

contemporâneo. Como os alunos têm o ciberespaço como um dos principais<br />

ambiente de convivência, os professores precisam estar preparados “para<br />

discutir a questão dos riscos e potencialidades das tecnologias e da internet,<br />

bem como dos valores e do uso responsável <strong>na</strong> produção e socialização de<br />

conteúdos <strong>na</strong> rede”. (FANTIN; RIVOLTELLA, 2012, p. 114) Como exemplo,<br />

citamos o Projeto Segurança e Responsabilidade <strong>na</strong> Internet, que foi desenvolvido<br />

com todas as turmas da escola, conforme relato da professora Paula:<br />

Foi uma novidade pra maioria deles, que eles estavam até acessando coisas que<br />

não deveriam. Isso trouxe uma preocupação pra escola, né? Inclusive, a escola,<br />

em conjunto, fez um trabalho sobre segurança <strong>na</strong> internet. [...] E, eu acho importante<br />

a escola fazer isso, porque eles não têm limite, se deixasse e a escola<br />

não tivesse cuidado com eles, pra orientar como eles vão trabalhar, vão acessar...<br />

Quais os perigos, quais os riscos e quais os cuidados... Então, eles podem fazer<br />

coisas que não deveriam. […] Tem turmas muito jovens, são pré-adolescentes,<br />

eles tão muito, assim, encantados com isso e não veem os perigos, né?

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