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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

b. Em Psicologia Social, num elevador, quando todos estão em silêncio,<br />

o constrangimento do entreolhar é interação;<br />

c. Na sala de aula presencial, onde o professor não contempla a participação<br />

dos alunos, ainda assim há interação;<br />

d. Na sala de aula on-line, onde ocorre a educação a distância baseada<br />

em conteúdos de aprendizagem fechados no formato PDF, tutoria<br />

reativa e fórum burocrático.<br />

A interação sempre está presente, gerada pela dinâmica das diferenças.<br />

Por sua vez, ainda que haja ba<strong>na</strong>lização do termo “interatividade” amplamente<br />

explorado <strong>na</strong>s esferas mercadológica e midiática, ele exprime a<br />

expressão da cultura da participação e da colaboração (<strong>cibercultura</strong>, cultura<br />

digital) que emerge <strong>na</strong> confluência complexa entre o sujeito menos espectador<br />

e as mídias digitais em rede alimentadas pelo social. O cenário comunicacio<strong>na</strong>l<br />

<strong>na</strong> era da internet social parece destilar aquilo que o espírito do<br />

tempo lhe reserva como especificidade: a articulação da emissão (pessoa ou<br />

equipamento) e da recepção (pessoa ou equipamento) <strong>na</strong> cocriação da comunicação<br />

ou de um produto. (SILVA, 2014)<br />

O termo “interação” não remete à disposição comunicacio<strong>na</strong>l baseada<br />

<strong>na</strong> coautoria intencio<strong>na</strong>l da emissão e da recepção. Sua generalidade não<br />

favorece a atenção para essa especificidade. Este texto parte dessa constatação<br />

para situar a sala de aula presencial e on-line com base em apropriações<br />

dos termos “interação” e “interatividade”. Traz duas apropriações. A primeira,<br />

de Hardy e colaboradores (1991) e de Ribeiro (1986), trata dos cuidados<br />

com a interação a serem tomados pela autoria do professor em sala de aula.<br />

A segunda trata da interatividade com base em contribuições das teorias da<br />

comunicação e da <strong>cibercultura</strong> (LEMOS; LÉVY, 2010; SANTAELLA, 2013;<br />

SANTOS, 2014; SILVA, 2014) para situar a autoria docente <strong>na</strong> educação em<br />

tempo de <strong>mobilidade</strong> ubíqua e de redes sociais no espaço e no ciberespaço.<br />

O tratamento dessas apropriações pretende mostrar que para além do<br />

termo genérico onde se acomodou secularmente a pedagogia da transmissão<br />

ou a docência unidirecio<strong>na</strong>l, o professor pode realizar investimentos específicos<br />

para mobilizar a experiência viva da comunicação, do conhecimento<br />

e da formação. Para isto, em colaboração com os cursistas e sem jamais esquecer<br />

a coautoria intencio<strong>na</strong>l da emissão e da recepção, o docente propicia<br />

múltiplas experimentações, múltiplas expressões; disponibiliza uma montagem<br />

de conexões em rede que permite múltiplas ocorrências; formula pro-

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