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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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Formação docente e discente <strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong> 145<br />

usos das diferentes linguagens midiáticas requerem dos praticantes culturais<br />

imersões significativas em ambiências favoráveis a interlocuções autorais e<br />

plurais, em “espaçostempos”ressignificados em função das possibilidades<br />

comunicacio<strong>na</strong>is provenientes das linguagens digitais. Porém, as perspectivas<br />

e potencialidades advindas da cultura do digital em rede, através da<br />

<strong>mobilidade</strong> ubíqua, das redes sociais, dos ambientes virtuais de aprendizagem,<br />

arrefecem práticas formativas arraigadas em modelos a<strong>na</strong>crônicos de<br />

“aprendizagemensino”.<br />

De uma perspectiva tradicio<strong>na</strong>l, que privilegia quase que exclusivamente<br />

o ensino transmissivo dos conteúdos em detrimento dos processos de construção<br />

dos conhecimentos, a educação ganha novas perspectivas epistemológicas<br />

e metodológicas que delineiam novas formas de ensi<strong>na</strong>r e aprender.<br />

Moran (apud REZENDE, 2002, p. 11), ao se referir ao processo de ensino no<br />

contexto das novas mídias destaca a necessidade de se questio<strong>na</strong>r as relações<br />

convencio<strong>na</strong>is entre professores e alunos. Para tanto, “define o perfil desse<br />

novo professor – ser aberto, humano, valorizar a busca, o estímulo, o apoio<br />

e ser capaz de estabelecer formas democráticas de pesquisa e comunicação”.<br />

É fundamental, no entanto, que o professor leve em consideração que as<br />

tecnologias digitais em rede, presentes no ciberespaço e <strong>na</strong>s cidades, por si<br />

só educam, sendo necessário disponibilizar tempo para familiarizar-se com<br />

as tecnologias digitais, a fim de descobrir possibilidades de potencializar as<br />

aprendizagens, podendo criar ambientes virtuais de aprendizagem capazes<br />

de instigar seus alunos a construírem novas formas de racioci<strong>na</strong>r e de se<br />

relacio<strong>na</strong>r com saberes plurais e heterogêneos, ou seja, professores e alunos<br />

dispostos a pensar e fazer uma nova relação pedagógica, que não separe formação<br />

acadêmica das práticas cotidia<strong>na</strong>s.<br />

Nesse sentido, se constitui em uma premissa o rompimento com perspectivas<br />

de práticas curriculares ancoradas no paradigma da Ciência Moder<strong>na</strong>,<br />

que trouxe para os espaços formativos escolares a fragmentação do<br />

conhecimento, nos ensi<strong>na</strong>ndo a perceber o mundo em uma visão de totalidade<br />

que se define a partir da soma das partes. Assim, “superar essas perspectivas<br />

numa prática formativa é, ao mesmo tempo, construir uma visão mais<br />

relacio<strong>na</strong>l das realidades e instituir a formação para um outro mundo, mais<br />

pontual e ampliadamente compreendido”. (MACEDO, 2011, p. 21)<br />

Na nossa sociedade, geralmente relacio<strong>na</strong>mos os processos educativos e<br />

formativos aos espaços escolares, legitimados como lócus de aprendizagem<br />

dos saberes científicos. Regidos por modelos pedagógicos, por currículos

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