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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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Vídeos digitais <strong>na</strong> pesquisa em educação e <strong>cibercultura</strong> 197<br />

Os vídeos do YouTube: pensando práticas em<br />

tempos de <strong>cibercultura</strong><br />

Os debates costumam desencadear várias <strong>na</strong>rrativas que indicam a potencialidade<br />

do digital como suporte flexível e capaz de possibilitar autorias<br />

coletivas, o seu uso <strong>na</strong> educação, o perfil do docente em tempos de <strong>cibercultura</strong><br />

e a questão da inclusão digital. Nesse contexto, estão Sandro e Vanessa<br />

14 , dois praticantes culturais que durante o trabalho <strong>na</strong> discipli<strong>na</strong> trazem<br />

suas autorias para os fóruns e os vídeos produzidos e contribuem de forma<br />

significativa com suas questões e histórias de vida.<br />

No emaranhado de postagens, as de Sandro nos chamaram atenção. As <strong>na</strong>rrativas<br />

que elas traziam sem foto e sempre em vermelho ou outras cores berrantes,<br />

pareciam gritar, mesmo não estando grafadas em caixa alta 15 . Suas falas<br />

eram polêmicas e aparentavam a princípio apontar para um caminho contrário<br />

ao que discutíamos, mas que, como se verificava depois, ampliavam o debate.<br />

Praticante-estudante Sandro: Minha perspectiva acerca das mudanças ocorridas<br />

em virtude da Cibercultura são relacio<strong>na</strong>das à forma como poderemos<br />

incluir todas as camadas da sociedade em tão pouco tempo, já que a velocidade<br />

com a qual ela tem avançado por meio dos mais diversos caminhos, e assim<br />

adentrado a todos os instantes em nossos lares e locais de trabalho, sem que<br />

ao menos tivéssemos tempo de a<strong>na</strong>lisar suas consequências as nossas relações,<br />

não só as educacio<strong>na</strong>is mas também as sociais e até mesmo as familiares, uma<br />

vez que ‘todos’ podem comunicar-se, fato este que origi<strong>na</strong> minha maior dúvida:<br />

Como poderemos incluir de forma linear a ‘todos’ os componentes da sociedade<br />

independente de sua colocação <strong>na</strong> mesma? Acredito ser este o maior desafio para<br />

a democratização da Cibercultura e da utilização desta em todos os níveis escolares,<br />

sem que para isso tenhamos que excluir uma parcela da população que<br />

além de a<strong>na</strong>lfabetos digitais, são também a<strong>na</strong>lfabetos funcio<strong>na</strong>is e por vezes<br />

a<strong>na</strong>lfabetos de ‘Pai e Mãe’.<br />

Sandro nos chamava atenção para a emergência da inclusão social, algo<br />

mais amplo do que a inclusão digital, como se as discussões indicassem que o<br />

14 Sandro é aluno do curso de licenciatura em Pedagogia (UERJ) e militar da ativa da Marinha do<br />

Brasil. Ainda não lecio<strong>na</strong> e Vanessa é alu<strong>na</strong> do curso de licenciatura em Pedagogia (UERJ) e professora<br />

de Informática do Colégio Pedro II.<br />

15 Existe um código de conduta usado <strong>na</strong> internet com recomendações para que não ocorram mal-<br />

-entendidos <strong>na</strong> comunicação chamado“netiqueta”. Uma dessas recomendações alerta que, em<br />

chats, e-mails ou fóruns, letras maiúsculas indicam que se está gritando.

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