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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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A produção científica <strong>na</strong> era das tecnologias móveis e redes sociais 29<br />

criatividade de cientistas e empresários, desde as chamadas Ciências Duras,<br />

as Ciências Huma<strong>na</strong>s até os mercados econômicos. Juntos, tecnologias, informação<br />

e comunicação ocupam um lugar definidor das ações huma<strong>na</strong>s,<br />

proporcio<strong>na</strong>ndo transformações no cotidiano, que cada vez menos podemos<br />

compreender e mensurar.<br />

Cada vez mais, a condição de produção da informação <strong>na</strong> contemporaneidade<br />

exige novas posturas nos espaços provocadores da aprendizagem.<br />

Desde o uso do carvão <strong>na</strong> parede das caver<strong>na</strong>s, passando pelo papel entre<br />

tantos outros suportes, a tecnologia sempre tem participado e contribuído<br />

para os processos educativos, principalmente os formais, sempre focada no<br />

registro, guarda e circulação da informação. E, dessa forma, reproduzindo<br />

uma verticalização hierarquizada do poder <strong>na</strong> sociedade, asseguradas pelo<br />

controle desde a produção, a acesso e a divulgação.<br />

Num primeiro tempo, o lugar da tecnologia neste contexto é claro, assim<br />

como está claro seu papel no mercado e no modelo econômico globalizado<br />

e digitalizado, já totalmente tomado pelos bits da informação. No entanto,<br />

há outros espaços e funções em que as tecnologias da informação provocam<br />

mais o caos e a incerteza do que certezas, o ciberespaço. Este espaço, ao<br />

mesmo tempo consequente e inconsequente, de controle e descontrole, de<br />

lugar e não lugar possibilita a migração das redes sociais sobre novas bases.<br />

Estruturada sobre um paradoxo, a rede se alimenta da informação e da interconectividade<br />

dos sujeitos numa escala inimaginável. (GLEICK, 2013)<br />

Com as tecnologias móveis e as redes, a condição de estar em qualquer<br />

momento e em qualquer lugar foi aperfeiçoada, pois as tecnologias móveis<br />

ampliam em muito o sentido da onipresença e da interação, tanto quanto o<br />

processo de produção, acesso e divulgação do conhecimento. Estas tecnologias<br />

e seus dispositivos digitais (smartphones, tablet, netbooks etc.), ligadas em<br />

rede, redefinem a relação tecnologia e os sujeitos <strong>na</strong> sociedade, <strong>na</strong> educação<br />

e <strong>na</strong> ciência. Tem <strong>na</strong> internet e suas interfaces, o espaço privilegiado desta<br />

relação, ocupando um papel fundamental tanto para lidar com a informação,<br />

como para construir e divulgar novos conhecimentos.<br />

Como qualquer ambiente civilizatório, o ciberespaço engendra uma<br />

nova cultura de conectividade. Com ele muda o tratamento, a memória, a<br />

transmissão da informação e as interfaces por onde elas são publicizadas,<br />

como um espaço de comunicação aberto, fluido e interativo. Neste espaço<br />

<strong>na</strong>sce a <strong>cibercultura</strong>, baseada <strong>na</strong> interconexão, <strong>na</strong> criação de comunidades<br />

virtuais e <strong>na</strong> inteligência coletiva. (LEVY, 1999)

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