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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

proposição heurística e política, onde demanda multicriação, intensidades<br />

participativas”. (MACEDO, 2013, p. 102) Portanto, como afirma Macedo<br />

(2013), os atos de currículo, como experiências, “contêm projetos, implicam<br />

processos de autorização <strong>na</strong> medida em que emergem expressando de alguma<br />

forma autorias, criações que serão tensio<strong>na</strong>das pela valoração inerente<br />

às decisões curriculares eleitas como formativas”. (MACEDO, 2013, p. 104)<br />

Para situar o sentido dos atos de currículo, considerados como inovadores<br />

no contexto da escola, se faz necessário si<strong>na</strong>lizar o que estamos tomando<br />

como inovação. Inovar pedagogicamente em um contexto de <strong>cibercultura</strong><br />

exige novas práticas, visto que o aprender e o ensi<strong>na</strong>r “adquirem novos significados<br />

para relacio<strong>na</strong>r-se com as novas tecnologias da comunicação, para<br />

ler e entender melhor a realidade e para assimilar, ao mesmo tempo, a rica<br />

tradição cultural herdada e muitas outras expressões culturais emergentes e<br />

mutáveis”. (CARBONELL, 2002, p. 16) O autor chama atenção para a constante<br />

ausência destas últimas <strong>na</strong> cultura escolar. Alerta ainda que a simples<br />

modernização da escola não tem a ver com inovação, pois equipar turmas<br />

com computadores não altera as concepções conservadoras de ensino e<br />

aprendizagem.<br />

Inês Oliveira (2008) alerta que é mais diretamente nos processos de ensino-aprendizagem<br />

que professores criam formas alter<strong>na</strong>tivas e perso<strong>na</strong>lizadas,<br />

em busca do aprendizado de seus alunos. Para a autora citada, em cada<br />

uma das formas de ensi<strong>na</strong>r e de cada conteúdo trabalhado, existe algo que é<br />

único, singular. Cada experiência específica só pode ser entendida junto com<br />

um conjunto de circunstâncias que as concretizam, envolvendo “história de<br />

vida dos sujeitos em interação, sua formação e a realidade local específica,<br />

com as experiências e saberes pregressos de todos, entre outros elementos da<br />

vida cotidia<strong>na</strong>”. (OLIVEIRA, 2008, p. 52)<br />

Segundo Jaume Carbonell (2002, p. 27), as propostas que vêm de fora, baseadas<br />

em saberes de especialistas e <strong>na</strong>s prescrições legais, sem participação e<br />

envolvimento dos professores, que se limitam a reproduzi-los, diminuindo a<br />

sua autonomia, de um modo geral, não alteram o conhecimento e as relações<br />

cotidia<strong>na</strong>s entre os que ensi<strong>na</strong>m e aprendem e a cultura docente. Nessas propostas,<br />

a tecnologia vem sendo apresentada como o meio para se conseguir<br />

a inovação, uma pa<strong>na</strong>ceia para a resolução de todos os problemas. Ou, como<br />

temos dito de forma insistente desde 1994, essa tecnologias ape<strong>na</strong>s adentram<br />

<strong>na</strong>s escolas como ferramentas auxiliares aos tradicio<strong>na</strong>is e superados processos<br />

de ensino e de aprendizagem. (PRETTO, 1994, 2013) Apesar dos usos de

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