27.05.2016 Views

Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Formação docente e discente <strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong> 161<br />

São os signos, as linguagens que abrem, à sua maneira, as portas de acesso ao<br />

que chamamos de realidade. No coração, no âmago, no cerne de quaisquer<br />

mediações – culturais, tecnológicas, midiáticas – está a linguagem, é justamente<br />

a linguagem, camada processual mediadora, que revela, vela, desvela<br />

para nós o mundo, é o que nos constitui como humanos. (SANTAELLA,<br />

2007, p. 189)<br />

É no entrelaçamento entre as linguagens e aquilo que lhes dá suporte<br />

que significamos a mediação do celular no contexto de nossa pesquisa-formação.<br />

Por meio dessa tecnologia da conexão continuada (SANTAELLA,<br />

2007), também uma tecnologia de linguagem, foi possível a nossa comunicação<br />

com/nos “espaçostempos” da cidade pela conexão dos espaços físicos<br />

e dos espaços digitais, criando e compartilhando informações e conteúdos,<br />

disponibilizados no ambiente do CidadeEduca.<br />

Os “espaçostempos”multirreferenciais de “aprendizagemensino” em nossa<br />

pesquisa constituíram-se essencialmente pela mediação do digital em rede,<br />

pela tentativa constante em criar atos de currículo que, implicados com o<br />

processo de formação, contribuíram para o incremento de uma inteligência<br />

coletiva, <strong>na</strong> medida em que:<br />

A inteligência coletiva só tem início com a cultura e cresce com ela. Pensamos,<br />

é claro, com ideias, línguas, tecnologias cognitivas recebidas de uma<br />

comunidade. Mas a inteligência culturalmente constituída não é mais fixa<br />

ou programada como a do cupinzeiro ou a da colmeia. Por meio de transmissão,<br />

invenção e esquecimento, o patrimônio comum passa pela responsabilidade<br />

de cada um. A inteligência do todo não resulta mais mecanicamente<br />

de atos cegos e automáticos, pois é o pensamento das pessoas que<br />

pereniza, inventa e põe em movimento o pensamento da sociedade. [...] Esse<br />

projeto convoca um novo humanismo que inclui e amplia o ‘conhece-te a<br />

ti mesmo’ para um ‘aprendamos a nos conhecer para pensar juntos’, e que<br />

generaliza o ‘penso, logo existo’ em um ‘formamos uma inteligência coletiva’,<br />

logo existimos eminentemente como ‘comunidade’. (LÉVY, 2010, p. 32)<br />

O compartilhamento de nossos atos de currículo se deu <strong>na</strong> interface cidade/universidade/ciberespaço,<br />

sendo este último o “espaço móvel das interações<br />

entre conhecimentos e conhecedores de coletivos inteligentes desterritorializados”.<br />

(LÉVY, 2010, p. 30)<br />

Assim, ao refletirmos sobre qual o papel dos dispositivos móveis e do<br />

digital em rede <strong>na</strong>s experiências com os “espaçostempos”multirreferenciais<br />

de “aprendizagemensino”, ousamos responder a essa questão afirmando que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!