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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

caracteriza o atual momento da <strong>cibercultura</strong>, afetando os espaços/tempos de<br />

aprendizagem e de ensino, trazendo desafios e também um grande potencial<br />

para o campo da Educação.<br />

O segundo artigo da parte 3, “‘A integração está <strong>na</strong> vida’: projetos interdiscipli<strong>na</strong>res<br />

como práticas <strong>cibercultura</strong>is”: projetos integrados como<br />

práticas pedagógicas <strong>cibercultura</strong>is”, de autoria de A<strong>na</strong> Caroli<strong>na</strong> Pereira da<br />

Silva Rosa e Roberta Fer<strong>na</strong>ndes Gonçalves, traz algumas reflexões propostas<br />

por duas pesquisas acadêmicas concluídas que buscaram entender as transformações<br />

promovidas pela <strong>cibercultura</strong> e suas mediações nos processos de<br />

ensino-aprendizagem. As pesquisas tiveram como campo empírico uma escola<br />

da rede pública estadual do Rio de Janeiro, fruto de uma parceria público-privada,<br />

que proporcionou a inserção das tecnologias digitais <strong>na</strong> escola.<br />

Foi possível perceber no estudo que os usos desses artefatos possibilitaram<br />

novas experiências de produção de conhecimento. Dentre muitas questões<br />

suscitadas no período da pesquisa, vimos que algumas práticas pedagógicas,<br />

mesmo não fazendo o uso efetivo das tecnologias digitais, utilizavam-se de<br />

uma dinâmica permeada pelas marcas da <strong>cibercultura</strong>, como a colaboração,<br />

a horizontalidade e a não linearidade. Os projetos integrados foram percebidos,<br />

no contexto da pesquisa, como caminhos pedagógicos para um processo<br />

de ensino-aprendizagem que busca diminuir o hiato entre a cultura escolar e<br />

os anseios e necessidades dos jovens da contemporaneidade. Nesse artigo, as<br />

autoras apresentam duas experiências de projetos integrados, entendendo-<br />

-os como práticas pedagógicas <strong>cibercultura</strong>is.<br />

A parte 3 fecha com o artigo “Ocupar como prática de cidadania: cidades,<br />

redes e educação”, de autoria de Sarah Nery. A autora inspira-se em sua tese<br />

de doutorado para discorrer sobre o aspecto profundamente educativo dos<br />

movimentos “Ocupa” que instauram novas redes e relações entre as pessoas<br />

e as cidades. Trazendo diversos desses movimentos que ocorreram recentemente<br />

em inúmeros países, o texto chama atenção para a mediação das redes<br />

digitais no dialogismo que caracteriza essa prática que ajuda os “ocupantes”<br />

a buscar novos métodos de tomada de decisões, de convivência, novas práticas<br />

em economia e gestão, baseadas nos princípios da Economia Solidária,<br />

dentre outros conhecimentos acumulados. A simultaneidade das práticas<br />

ocorridas entre cidade e ciberespaço contribui com a percepção de que as<br />

fronteiras que dicotomizam real e virtual devem ser cada vez mais problematizadas,<br />

levando em consideração a complementariedade e circularidade<br />

das práticas.

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