27.05.2016 Views

Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O professor e a formação para a autoria <strong>na</strong> <strong>cibercultura</strong> 85<br />

“espaçostempos”, 2 com a utilização das tecnologias digitais multiplicando<br />

seus papéis e exigindo novos saberes <strong>docentes</strong>.<br />

O atual momento sociohistórico clama, como temos preconizado, por<br />

um professor-autor que não precise necessariamente ter práticas origi<strong>na</strong>is,<br />

se é que elas existem, mas que saiba, a partir de conteúdos disponibilizados,<br />

quaisquer que sejam os seus suportes, localizados <strong>na</strong> internet, em livros, revistas,<br />

jor<strong>na</strong>is ou em materiais dos cursos de formação, criar suas próprias<br />

metodologias e objetos de aprendizagem, remixando-os, adaptando-os a sua<br />

realidade, sem desconsiderar a ciência e a cultura estabelecida, os documentos<br />

oficiais e, também, as demandas de formação necessárias para atuação<br />

dos sujeitos <strong>na</strong> sociedade. O que importa, e por isso destacamos mais uma<br />

vez, é que desejamos professores que não sejam ape<strong>na</strong>s consumidores de informações<br />

preestabelecidas e produzidas alhures.<br />

O professor e a autoria em tempos de<br />

<strong>cibercultura</strong><br />

Para Léa A<strong>na</strong>stasiou e Leonir Alves (2003, p. 71), “[...] quando o professor é<br />

desafiado a atuar numa nova visão em relação ao processo de ensino e de<br />

aprendizagem, poderá encontrar dificuldades, até mesmo pessoais, de se colocar<br />

numa diferenciada ação docente”. Essa dificuldade se inicia pela própria<br />

compreensão que se faz necessária para romper com o modelo tradicio<strong>na</strong>l,<br />

de repasse de informações. Além desse desafio, as autoras nos apontam<br />

outros, tais como lidar com questio<strong>na</strong>mentos, dúvidas, inserções dos alunos,<br />

críticas, resultados incertos, respostas incompletas e perguntas inesperadas<br />

(às vezes complexas, às vezes incompreensíveis para o professor).<br />

Essa nova forma de “fazer aula” ainda precisa ser incorporada <strong>na</strong>s práticas<br />

<strong>docentes</strong>, sendo preciso também mudar a organização “espaçotemporal”<br />

escolar. A aula agora não se resume aos momentos de presença <strong>na</strong> sala de<br />

aula, inclui, também, momentos no pátio, nos arredores da escola, nos ambientes<br />

do ciberespaço, sejam eles os formais elaborados para a educação<br />

como os demais. Como salientam as autoras citadas, a estratégia da aula expositiva,<br />

comumente presentes em nossas escolas, garante a relação tempo/<br />

2 Alguns termos relacio<strong>na</strong>dos ao espaço e ao tempo e a ação dos praticantes, conforme Oliveira<br />

e Alves (2008), aparecerão juntos no decorrer desta escrita, como forma de não dicotomizar o<br />

modo de a<strong>na</strong>lisar o cotidiano, como foi feito por muito tempo pelos métodos da Ciência Moder<strong>na</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!