27.05.2016 Views

Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

Pesquisa%20e%20mobilidade%20repositorio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

354<br />

PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

a informação de que os resultados estão disponíveis no ambiente digital de<br />

trabalho do estabelecimento.<br />

A terceira categoria tem a ver com informações relativas à discipli<strong>na</strong> ensi<strong>na</strong>da:<br />

anúncio de programas de televisão, de filmes, de romances, de eventos<br />

esportivos. A quarta traz mensagens de interesse público, para além da<br />

discipli<strong>na</strong> ensi<strong>na</strong>da. Fi<strong>na</strong>lmente, a quinta e última categoria reúne mensagens<br />

pessoais particulares. Convém observar que os emissores desses textos<br />

não relacio<strong>na</strong>m tais mensagens com as referentes à primeira categoria que<br />

supõe mensagens com fi<strong>na</strong>lidade pedagógica.<br />

A análise dos 10 perfis do Facebook estudados (ver Figura 1) permite<br />

apreender a diversidade dos usos por parte dos professores. Para alguns deles<br />

(A, F, G, H, I), é predomi<strong>na</strong>nte a utilização da rede social como ferramenta<br />

pedagógica e como ferramenta de gestão de classe. Ao estudar as mensagens<br />

e os comentários postados nos perfis desses professores, constata-se que essa<br />

rede social parece estabelecer, para eles, um vínculo entre o professor e o<br />

aluno, entre a escola e o lar.<br />

Para outros (D e J), ao contrário, são as mensagens de <strong>na</strong>tureza particular<br />

as mais importantes, mesmo que esses professores indiquem em seus perfis a<br />

fi<strong>na</strong>lidade profissio<strong>na</strong>l do uso do Facebook. Para esses professores, o uso das<br />

redes sociais parece ensejar uma confusão dos espaços profissio<strong>na</strong>l e pessoal.<br />

O estudo das mensagens postadas no Facebook de David (professor D) leva a<br />

pensar que este professor coloca no mesmo plano, em sua prática <strong>na</strong> rede social,<br />

o que se enquadra no âmbito profissio<strong>na</strong>l e o que pertence à esfera privada.<br />

Como é possível constatar <strong>na</strong> Figura 1, um número superior a 80% das<br />

mensagens postadas está relacio<strong>na</strong>do diretamente com sua vida particular.<br />

Ao ler as mensagens e os comentários postados pelos outros professores<br />

(B, C, E), parece que se instala uma espécie de jogo entre os amigos ou os<br />

membros, e que o Facebook se assemelha a um espaço de transição, no qual<br />

o prazer do jogo tor<strong>na</strong>-se mais importante do que o prazer de pensar. Por<br />

exemplo, no que se refere a Ben (professor B), se as mensagens observadas<br />

logo nos primeiros meses são do tipo ferramenta pedagógica e relacio<strong>na</strong>m-<br />

-se com a discipli<strong>na</strong> que ele ministra, assiste-se muito rapidamente a uma<br />

espécie de transição para mensagens mais associadas ao tipo pessoal (vida<br />

pública) que evidenciam a paixão de Ben por futebol ou rap, ou suas opiniões<br />

sobre a paridade homem-mulher. Além disso, enquanto aguardava as<br />

respostas dos alunos para os enigmas publicados no perfil, observou-se um<br />

número elevado de mensagens e de comentários trocados exclusivamente

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!