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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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PESQUISA E MOBILIDADE NA CIBERCULTURA<br />

mesma conexão. O actante tor<strong>na</strong>-se actante porque ele adquire forma, significado<br />

e deixa rastros <strong>na</strong> rede.<br />

A tarefa não é a de impor uma ordem, de limitar o leque de entidades aceitáveis,<br />

de ensi<strong>na</strong>r aos actantes o que eles são ou de acrescentar alguma reflexividade<br />

à sua prática inconsciente. Para retomar ao sentido da Teoria<br />

Ator-Rede, é preciso ‘seguir os próprios actantes’, quer dizer, tentar lidar<br />

com as suas inovações muitas vezes indomáveis, de modo a aprender com<br />

eles o que a existência coletiva se tornou <strong>na</strong>s suas mãos, que métodos é que<br />

elaboraram para a ajustar, e quais são os relatos que melhor definem as novas<br />

associações que foram obrigados a estabelecer. (LATOUR, 2011, p. 79)<br />

Vale elucidar que rede não é a estrutura, infraestrutura ou a sociabilidade,<br />

não é o local por onde as coisas passam, se deslocam ou são depositadas,<br />

mas o local onde as relações se estabelecem e transformam. A rede é o próprio<br />

movimento das associações que formam o social, é o espaço e tempo,<br />

local onde circulam as controvérsias.<br />

Nessa concepção, o conceito de rede adotado pela TAR não se resume às<br />

redes tecnológicas que estamos acostumados a lidar. Tampouco às redes de<br />

sociabilidade no sentido utilizado pela sociologia do social. A ideia é reunir<br />

estas entidades sociotécnicas em uma continuidade de associações capaz de<br />

explicar os agenciamentos complexos que buscamos compreender. São estas<br />

redes que mantêm a sociedade unida, e não algum laço ou força social mais<br />

fácil de postular do que de detectar ou provar.<br />

Como podemos ver, a TAR é importante nessa discussão sobre as simbioses<br />

entre sujeito e objeto, entre humanos e não humanos em processo<br />

interativos contínuos. Essas relações nos ajudam a construir processos de<br />

ensino-aprendizagem, a construir redes onde o <strong>na</strong>tural e o artificial se imbricam,<br />

a fazer da escola uma rede de actantes.<br />

Considerações fi<strong>na</strong>is<br />

Esta pesquisa foi motivada pela intensão de provocar reflexão acerca do sentido<br />

dos objetos técnicos <strong>na</strong> construção das relações sociais, especialmente<br />

as relações sociais escolares. Já que a cultura ao longo dos anos tem ignorado<br />

a realidade técnica, mascarada por uma realidade unicamente huma<strong>na</strong>.

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