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Pesquisa e mobilidade na cibercultura itinerâncias docentes

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Cultura da <strong>mobilidade</strong> 133<br />

em ler os comentários também estimula cada um a comentar publicações de<br />

outras pessoas.<br />

Toda informação que posta espera um comentário. Não é em vão deixar lá só<br />

por enfeite. A ideia não é essa, a ideia é que demonstre interesse, que as pessoas<br />

realmente entrem e compartilhem, que participem. E como gosto que comentem<br />

o que eu boto lá, eu também gosto de comentar o que os outros fazem.. (RUTI-<br />

NALVA)<br />

A cultura da participação, como destacou Shirky (2011), mescla motivações<br />

pessoais e sociais, pois nossas redes de comunicação encorajam o compartilhamento.<br />

Não por acaso, os hábitos de publicar e opi<strong>na</strong>r, comentar,<br />

apreciar e dialogar com os outros se inserem animadamente em nossas vidas.<br />

De muitas maneiras, todos somos incentivados a expressar opiniões, expressar<br />

os nossos posicio<strong>na</strong>mentos, gostos e preferências.<br />

Os professores também relataram que usam o smartphone para trocar informações<br />

com colegas de trabalho, para discutir problemas da escola, se informar<br />

e organizar participação em assembleias de professores e participar<br />

de passeatas quando a categoria está em greve. “A gente usa o smartphone pra<br />

mandar mensagens rápidas, fazer um comunicado ligeiro com os colegas. Se estou<br />

numa passeata, por exemplo, já vou logo tuitando pro povo ficar sabendo o que<br />

está acontecendo”. (DIMAS)<br />

Mobilidade e organização social. Essas experiências se completam, pois<br />

<strong>na</strong> era da conexão permanente, temos, de acordo com Santaella (2007), duas<br />

palavras de ordem. A primeira é que tudo deve estar “disponível” em linguagem<br />

hipermidiática para ser acessado, modificado e distribuído. A segunda<br />

é que somos todos incentivados incessantemente a nos “expor”, por meio de<br />

infindáveis <strong>na</strong>rrativas textuais, fotográficas e videográfica, as experiências<br />

individuais ou coletivas, pessoais ou pública que constroem a nossa vida nos<br />

agitos festivos das conexões.<br />

Mesmo reconhecendo todas essas vantagens e tendo desenvolvidos esses<br />

hábitos, os entrevistados afirmaram que o uso do smartphone, com amplas<br />

possibilidades de comunicação, interação e acesso à rede, ainda é limitado.<br />

Os <strong>docentes</strong> que possuem maior habilidade para usar o dispositivo reconhecem<br />

que ainda estão interiorizando as vantagens da <strong>mobilidade</strong> e de todas as<br />

transformações promovidas <strong>na</strong> comunicação.

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