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etribuição, pensa naqueles que emprestam dinheiro aos homens. Nem eles querem<br />

imediatamente receber os juros, m<strong>as</strong> <strong>de</strong>sejam que o capital permaneça mais tempo em<br />

mãos do <strong>de</strong>vedor que o recebeu <strong>de</strong> empréstimo, contanto que seja garantida a restituição,<br />

nem seja suspeito aquele que o recebeu. Faça-se o mesmo em nosso c<strong>as</strong>o. Deixa-o<br />

entregue a Deus a fim <strong>de</strong> que te <strong>de</strong><strong>vol</strong>va a retribuição multiplicada. Não procures tudo<br />

aqui na terra; pois se receberes tudo aqui, como receberás lá? Por isso também Deus o<br />

reserva para o céu, porque esta vida é temporal. Dá, contudo, também aqui, pois <strong>de</strong>clara:<br />

“Buscai o reino <strong>de</strong> Deus... e tod<strong>as</strong> est<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> vos serão acrescentad<strong>as</strong>” (Mt 6,33).<br />

Entretanto elevemos o olhar para lá e não nos apressemos a obter a retribuição <strong>de</strong> tudo, a<br />

fim <strong>de</strong> não diminuirmos a recompensa, m<strong>as</strong> esperemos o tempo oportuno. Os lucros não<br />

são tais, e sim segundo é justo que Deus nos dê. Por conseguinte, acumulando-os com<br />

superabundância, <strong>de</strong>sta forma saiamos daqui, a fim <strong>de</strong> conseguirmos os bens presentes e<br />

futuros, pela graça e amor aos homens <strong>de</strong> nosso Senhor Jesus Cristo, ao qual com o Pai<br />

na unida<strong>de</strong> do Espírito Santo glória, império, honra, agora e sempre e nos séculos dos<br />

séculos. Amém.<br />

DÉCIMA SEXTA HOMILIA<br />

9. Eu vos escrevi em minha carta que não tivésseis relações com impudicos.<br />

10. Não me referia, <strong>de</strong> modo geral, aos impudicos <strong>de</strong>ste mundo, ou aos avarentos, ou<br />

aos ladrões, ou aos idólatr<strong>as</strong>, pois então teríeis <strong>de</strong> sair <strong>de</strong>ste mundo.<br />

11. Não; escrevi-vos que não vos <strong>as</strong>socieis com alguém que traga o nome <strong>de</strong> irmão e,<br />

não obstante, seja impudico ou avarento, ou idólatra, ou beberrão, ou injurioso, ou<br />

ladrão. Com tal homem não <strong>de</strong>veis nem tomar refeição.<br />

Uma vez que o Apóstolo dissera: “Nem mesmo vos mergulh<strong>as</strong>tes na tristeza, a fim<br />

<strong>de</strong> que o autor <strong>de</strong>sse mal fosse eliminado do meio <strong>de</strong> vós” e: “Purificai-vos do velho<br />

fermento”, era verossímil que eles supusessem que <strong>de</strong>viam fugir <strong>de</strong> todos os impudicos<br />

(porque, se o pecador contamina os que não pecaram, faz-se mister ainda mais af<strong>as</strong>tar-se<br />

dos pagãos, visto que, se importa não poupar a um familiar porque ele inflige tão gran<strong>de</strong><br />

dano, muito menos se há <strong>de</strong> poupar os outros. Subentendido isso, era consentâneo<br />

separarem-se também dos impudicos que havia no meio dos gentios e uma vez que <strong>as</strong>sim<br />

tolerariam com maior dificulda<strong>de</strong> uma exigência absurda, ele emprega a seguinte<br />

correção: “Eu vos escrevi em minha carta que não tivésseis relações com impudicos.<br />

Não me referia, <strong>de</strong> modo geral, aos impudicos <strong>de</strong>ste mundo”. A expressão: “De modo<br />

geral” é usada como se trat<strong>as</strong>se <strong>de</strong> coisa evi<strong>de</strong>nte. No intuito <strong>de</strong> evitar que eles<br />

julg<strong>as</strong>sem a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>stinada <strong>de</strong> certa maneira aos mais imperfeitos e eles, que se<br />

julg<strong>as</strong>sem, tent<strong>as</strong>sem cumpri-la, <strong>as</strong>sinala ser isto impossível, apesar da maior boa<br />

vonta<strong>de</strong>, porque teriam <strong>de</strong> procurar viver noutro mundo. Consi<strong>de</strong>rando isso, acrescentou:<br />

“Pois então teríeis <strong>de</strong> sair <strong>de</strong>ste mundo”. Vês que ele não é importuno, e não só<br />

pon<strong>de</strong>ra sempre o que não é possível, m<strong>as</strong> também o que é mais fácil para estabelecer<br />

como lei? Na verda<strong>de</strong>, como po<strong>de</strong>rá alguém, diz ele, que está à frente <strong>de</strong> uma c<strong>as</strong>a e <strong>de</strong><br />

filhos, ou tem ofício público, ou é artífice ou soldado, quando os pagãos são tão<br />

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