26.03.2018 Views

patrc3adstica-vol-27_2-comentc3a1rio-as-cartas-de-sao-paulo-sao-joao-crisc3b3stomo

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

uma graça espiritual e não a utilize bem. Conosco, afirma, não suce<strong>de</strong>u <strong>as</strong>sim; na<br />

verda<strong>de</strong>, mantivemo-nos irrepreensíveis “no Espírito”, isto é, <strong>de</strong>vido às graç<strong>as</strong><br />

espirituais.<br />

pelo amor sem fingimento,<br />

Eis a causa <strong>de</strong> todos os bens, que fazia o Apóstolo ser tal qual era; prestava-se a que<br />

permanecesse com ele o Espírito, por cujo auxílio ele obrava retamente.<br />

7. pela palavra da verda<strong>de</strong>,<br />

Trata-se da <strong>as</strong>serção frequente do Apóstolo <strong>de</strong> que persistimos na sincerida<strong>de</strong>, sem<br />

falsificar a palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus,<br />

Eis o que faz habitualmente: Nada atribui a si; tudo, porém, a Deus, imputando-lhe <strong>as</strong><br />

ações louváveis. O mesmo suce<strong>de</strong> aqui. Visto que pronunciara palavr<strong>as</strong> elogios<strong>as</strong>,<br />

afirmara ter sido sua vida irrepreensível, e mostrara profunda sabedoria, atribui tudo ao<br />

Espírito e a Deus. Não eram insignificantes <strong>as</strong> cois<strong>as</strong> que mencionara. Pois se é difícil a<br />

alguém <strong>de</strong> vida tranquila seguir a virtu<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo irrepreensível, pon<strong>de</strong>ra a gran<strong>de</strong>za da<br />

alma que sempre alcançou tal brilho, apesar <strong>de</strong> tant<strong>as</strong> provações. Ora, não somente ess<strong>as</strong><br />

suportou, m<strong>as</strong> bem mais, conforme enumera em seguida. É espantoso não só que se<br />

mantivera irrepreensível em meio a tant<strong>as</strong> e tão gran<strong>de</strong>s vag<strong>as</strong>, nem que <strong>as</strong> enfrentara<br />

com fortaleza, m<strong>as</strong> também com alegria. É o que evi<strong>de</strong>ncia em seguida:<br />

pel<strong>as</strong> arm<strong>as</strong> ofensiv<strong>as</strong> e <strong>de</strong>fensiv<strong>as</strong> da justiça<br />

Vês a presença <strong>de</strong> espírito e a firmeza <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>? Explica serem arm<strong>as</strong> <strong>as</strong> aflições,<br />

que não prostram, m<strong>as</strong> servem para munir-nos e firmar-nos. Chama <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensiv<strong>as</strong> <strong>as</strong><br />

aparentemente l<strong>as</strong>timáveis, pois são <strong>as</strong> que acarretam recompensa. Por que, então, lhes<br />

dá este nome? Segundo a opinião vulgar, ou porque Deus nos mandou orar para não<br />

cairmos em tentação.<br />

8. na glória e no <strong>de</strong>sprezo, na boa e na má fama;<br />

O que dizes? Pens<strong>as</strong> que constitui gran<strong>de</strong> honra fruir <strong>de</strong> glória? Sim, respon<strong>de</strong>s. Por<br />

quê? É grandioso suportar a ignomínia; participar da glória, porém não requer coragem?<br />

Requer coragem, <strong>de</strong> fato, e imensa, a fim <strong>de</strong> que seu possuidor não se precipite na ruína.<br />

Por isso, Paulo aprova <strong>as</strong> du<strong>as</strong> situações, porque em amb<strong>as</strong> ele igualmente se <strong>de</strong>stacava.<br />

Por que se torna arma da justiça? Porque a honra prestada aos mestres estimula em<br />

muitos a pieda<strong>de</strong>, constitui exemplo <strong>de</strong> bo<strong>as</strong> obr<strong>as</strong>, e glorifica a Deus. M<strong>as</strong> igualmente<br />

tratava-se do artifício divino <strong>de</strong> introduzir a pregação do evangelho, utilizando meios<br />

opostos. Reflete no seguinte: Paulo estava prisioneiro? Redundava em progresso do<br />

evangelho. “O que me aconteceu redundou em progresso do evangelho e a maioria dos<br />

irmãos, encorajados pel<strong>as</strong> minh<strong>as</strong> prisões, proclamam a palavra <strong>de</strong> Deus com mais<br />

ousadia e sem temor” (Fl 1,12.14). De outro lado, gozava <strong>de</strong> boa fama? Também fazia<br />

com que tivessem maior prontidão. “Na boa e na má fama.” Não apen<strong>as</strong> acolhia com<br />

439

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!