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prostrados por terra, m<strong>as</strong> não aniquilados.<br />

Apesar <strong>de</strong> advirem tentações, não acontece o que é habitual, pelo po<strong>de</strong>r e a graça <strong>de</strong><br />

Deus. Em outra p<strong>as</strong>sagem, Paulo afirma que Deus <strong>as</strong> permite tanto para humilhar,<br />

quanto para a segurança alheia: “Para eu não me encher <strong>de</strong> soberba, foi-me dado um<br />

aguilhão” (2Cor 12,7), e ainda: “A fim <strong>de</strong> que ninguém tenha a meu respeito um<br />

conceito superior àquilo que vê em mim ou <strong>de</strong> mim ouve” (2Cor,12,6), e em outro<br />

trecho: “Para que a nossa confiança já não se pu<strong>de</strong>sse fundar em nós mesmos” (2Cor<br />

1,9). Aqui, porém: Para que brilhe o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus.<br />

Vês quanto lucro trazem <strong>as</strong> tentações? Com efeito, mostram a força <strong>de</strong> Deus e<br />

revelam melhor a graça. “B<strong>as</strong>ta-te a minha graça” (2Cor 12,9). Estimulavam a<br />

humilda<strong>de</strong>, acalmavam os outros e tornavam-nos mais tolerantes: “A paciência produz<br />

uma virtu<strong>de</strong> comprovada, a virtu<strong>de</strong> comprovada a esperança” (Rm 5,4). De fato, os<br />

que haviam enfrentado inúmeros perigos e, fiados na esperança em Deus, haviam<br />

escapado, aprendiam a unir-se-lhe mais em tudo.<br />

10. Incessantemente e por toda parte trazemos em nosso corpo a agonia <strong>de</strong> Jesus, a fim<br />

<strong>de</strong> que a vida <strong>de</strong> Jesus seja também manifestada em nosso corpo.<br />

Em que consistia essa agonia do Senhor Jesus que traziam por toda parte? Os perigos<br />

<strong>de</strong> morte cotidianos, que também apontavam para a ressurreição. Efetivamente, se há<br />

alguém que não acredite que Cristo morreu e ressurgiu, vendo que morremos cada dia, e<br />

<strong>vol</strong>tamos à vida, há <strong>de</strong> acreditar enfim na ressurreição. Viste como ainda encontrou outra<br />

causa d<strong>as</strong> tentações? Qual? “A fim <strong>de</strong> que a vida <strong>de</strong> Jesus seja também manifestada em<br />

nosso corpo”, isto é, a fim <strong>de</strong> nos livrar os perigos. Assim, o próprio <strong>as</strong>pecto <strong>de</strong> fraqueza<br />

e abandono anunciará a ressurreição. Seu po<strong>de</strong>r não se revelaria se não sofrêssemos<br />

incômodo algum, <strong>de</strong> forma idêntica agora, porque apesar <strong>de</strong> sofrermos, não somos<br />

vencidos.<br />

11. Com efeito, nós, embora vivamos, somos sempre entregues à morte por causa <strong>de</strong><br />

Jesus, a fim <strong>de</strong> que também a vida <strong>de</strong> Jesus se manifeste em nossa carne mortal.<br />

Sempre Paulo tem o costume <strong>de</strong> explicar novamente o que proferira com certa<br />

obscurida<strong>de</strong>. Fá-lo também aqui, explanando melhor o que dissera. Somos entregues à<br />

morte, <strong>as</strong>segura; quer dizer, levamos em toda parte a mortificação, para se conhecer o<br />

po<strong>de</strong>r da vida <strong>de</strong> Jesus, que não permite nossa carne mortal tão sofrida ser vencida na<br />

nevada dos males. É possível entendê-lo <strong>de</strong> outro modo. Como? Conforme diz em outra<br />

p<strong>as</strong>sagem: “Se com ele morremos, com ele viveremos” (2Tm 2,11). Como, pois, agora<br />

somos portadores da morte <strong>de</strong> Cristo, e por causa <strong>de</strong>le queremos trocar a vida com a<br />

morte, <strong>as</strong>sim também ele quer chamar <strong>de</strong> novo à vida os <strong>de</strong>funtos. Pois se nós p<strong>as</strong>samos<br />

da vida à morte, ele também será nosso guia da morte à vida.<br />

12. Assim a morte opera em nós; a vida, porém, em vós.<br />

Já não fala da morte, m<strong>as</strong> d<strong>as</strong> tribulações e do alívio. Nós vivemos no meio <strong>de</strong><br />

perigos e provações, diz ele, vós, porém, no repouso recolheis a vida obtida nos perigos.<br />

M<strong>as</strong> nós estamos sujeitos à vida entre perigos, enquanto vós fruís <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> e não<br />

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