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entusi<strong>as</strong>mada, e vê o futuro já realizado; tem um sobressalto, ataca a morte estirada no<br />

chão, canta vitória diante do inimigo <strong>de</strong> cabeça prostrada, e emite um grito: “Morte, on<strong>de</strong><br />

está a tua vitória? Inferno, on<strong>de</strong> está o teu aguilhão?” P<strong>as</strong>sou, pereceu e se esvaiu<br />

inteiramente! Em vão fizeste tudo aquilo. Não somente tomou <strong>as</strong> su<strong>as</strong> arm<strong>as</strong> e venceu,<br />

m<strong>as</strong> também a arruinou, e a reduziu inteiramente a nada.<br />

56. O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei.<br />

Vês que se refere à morte corporal? Por conseguinte, fala também da ressurreição do<br />

corpo. Pois, se este não ressuscita, como teria sido absorvida a morte? Não somente isto,<br />

m<strong>as</strong> ainda como “a força do pecado é a Lei”? É evi<strong>de</strong>nte que o pecado é o aguilhão da<br />

morte e pior do que ela, que tem nele a sua força. Como então “a força do pecado é a<br />

Lei”? Porque sem ela era fraco; era praticado, m<strong>as</strong> não era c<strong>as</strong>tigado. De fato, o mal<br />

existia, m<strong>as</strong> não se mostrava abertamente. Por isso a Lei contribuiu b<strong>as</strong>tante para que se<br />

conhecesse o pecado, ou antes também para acentuar o c<strong>as</strong>tigo. Se, porém, ao proibir o<br />

pecado, tornou-o mais grave, a culpa não é do médico, m<strong>as</strong> <strong>de</strong> quem usou mal o<br />

medicamento. Com efeito, com a vinda <strong>de</strong> Cristo, fez-se mais grave a culpa dos ju<strong>de</strong>us;<br />

m<strong>as</strong> nem por isso a critiquemos, m<strong>as</strong> antes admirá-la-emos, enquanto mais os odiamos<br />

porque se prejudicaram por meio do que <strong>de</strong>via ser-lhes proveitoso. De fato, a própria Lei<br />

não fortificou o pecado, visto que Cristo a cumpriu totalmente e era sem pecado. Tu,<br />

porém, consi<strong>de</strong>ra como daí também se <strong>de</strong>duz a fé na ressurreição. Com efeito, se o<br />

próprio fato <strong>de</strong> pecar era causa <strong>de</strong> morte, m<strong>as</strong> Cristo em sua vinda apagou o pecado, e<br />

libertou-nos <strong>de</strong>le pelo batismo, e aboliu a Lei com o pecado, que consiste na transgressão<br />

da Lei, por que ainda duvid<strong>as</strong> da ressurreição? Como ainda a morte posteriormente<br />

conseguirá dominar? Ac<strong>as</strong>o pela Lei? M<strong>as</strong> ela foi ab-rogada. Ac<strong>as</strong>o pelo pecado? M<strong>as</strong> ele<br />

foi totalmente apagado.<br />

57. Graç<strong>as</strong> se rendam a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!<br />

Na verda<strong>de</strong>, ele ergueu o troféu, e cuidou <strong>de</strong> que obtivéssemos a coroa, e isto não <strong>de</strong><br />

direito, m<strong>as</strong> somente por seu amor aos homens.<br />

58. Assim, irmãos, se<strong>de</strong> firmes, inabaláveis,<br />

Justa e oportuna exortação! Efetivamente, nada abala tanto quanto a persu<strong>as</strong>ão <strong>de</strong><br />

estar sendo afligido em vão e sem motivo.<br />

Fazei incessantes progressos na obra do Senhor, isto é, numa vida pura. E não disse:<br />

Fazei o bem, e sim: “Fazei incessantes progressos”, para praticarmos o bem em alto<br />

grau, além dos limites.<br />

Cientes <strong>de</strong> que a vossa fadiga não é vã no Senhor.<br />

O que dizes? Novamente a fadiga? Fadiga na verda<strong>de</strong>, m<strong>as</strong> que obtém coro<strong>as</strong>, leva ao<br />

céu. Pois a primeira fadiga, após a expulsão do paraíso, é pena dos pecados cometidos;<br />

esta, contudo, é fundamento dos prêmios futuros. Dessa forma não é fadiga, porque nos<br />

é concedido gran<strong>de</strong> auxílio do céu; por isso acrescenta: “No Senhor”. A primitiva foi<br />

c<strong>as</strong>tigo, essa existe para conseguirmos os bens futuros. Por conseguinte, caríssimos, não<br />

durmamos. Não é possível aos preguiçosos conseguir o reino dos céus, nem aos<br />

lânguidos e aos que vivem no meio <strong>de</strong> prazeres. Será ótimo se, afligindo e c<strong>as</strong>tigando o<br />

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