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pesquisar. Ninguém, <strong>de</strong> fato, sem examinar uma causa, simplesmente pronuncia a<br />

sentença; m<strong>as</strong> primeiro por uma comparação, refuta o que não é real, e aponta para o<br />

mais firme. Aliás, repete a opinião dos adversários, não o seu próprio julgamento,<br />

dizendo: “São ministros <strong>de</strong> Cristo”. E acrescentando: “Muito mais eu”, alarga a<br />

comparação e mostra que não se trata <strong>de</strong> um pronunciamento, m<strong>as</strong> duma <strong>de</strong>monstração<br />

do que realmente retém a nota peculiar ao múnus apostólico.<br />

E <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado os milagres todos, começa pel<strong>as</strong> provações, dizendo o seguinte:<br />

Muito mais pel<strong>as</strong> fadig<strong>as</strong>, infinitamente mais pelos açoites, é muito mais ser<br />

flagelado e açoitado, muito mais, pel<strong>as</strong> prisões. Constitui ainda um suplemento.<br />

Muit<strong>as</strong> vezes, vi-me em perigo <strong>de</strong> morte.<br />

“Diariamente estou exposto à morte”, diz ele (1Cor 15, 31). Aqui também na<br />

realida<strong>de</strong>. Muit<strong>as</strong> vezes fui lançado em perigo mortal.<br />

24. Dos ju<strong>de</strong>us recebi cinco vezes os quarenta golpes menos um.<br />

Por que: “Menos um”? A Antiga Lei promulgara que se alguém recebesse mais <strong>de</strong><br />

quarenta golpes estaria infamado diante <strong>de</strong>les. Por isso, para que o ímpeto do carr<strong>as</strong>co<br />

não exce<strong>de</strong>sse este número ao infligir a pena, e o réu incorresse na nota <strong>de</strong> ignomínia, foi<br />

prescrito que o carr<strong>as</strong>co infligisse “menos um”; e no intuito <strong>de</strong> não <strong>de</strong>sonrar o réu,<br />

ninguém ao bater se exce<strong>de</strong>sse, não ultrap<strong>as</strong>s<strong>as</strong>se o número quarenta, m<strong>as</strong> interrompesse<br />

abaixo do número estabelecido.<br />

25. Três vezes fui flagelado. Uma vez, apedrejado. Três vezes naufraguei.<br />

E o que importa isto ao evangelho? Enfrentou long<strong>as</strong> viagens a pé e até por mar.<br />

P<strong>as</strong>sei uma noite e um dia no abismo.<br />

Alguns dizem que ele esteve em alto-mar, outros que boiou, o que, na verda<strong>de</strong>,<br />

<strong>as</strong>semelha-se mais à verda<strong>de</strong>. O primeiro c<strong>as</strong>o não é espantoso; nem o diria mais difícil<br />

do que o naufrágio.<br />

Sofri perigos nos rios.<br />

De fato, teve <strong>de</strong> atravessar rios.<br />

Perigos por parte dos ladrões, perigos na cida<strong>de</strong>, perigos no <strong>de</strong>serto,<br />

Eram-me propostos combates por toda parte, nos lugares, n<strong>as</strong> regiões, n<strong>as</strong> cida<strong>de</strong>s,<br />

nos <strong>de</strong>sertos.<br />

perigos por parte dos gentios, perigos por parte dos falsos irmãos!<br />

Vê outra espécie <strong>de</strong> lut<strong>as</strong>. Era atacado não somente pelos inimigos, m<strong>as</strong> também por<br />

aqueles que fingiam fraternida<strong>de</strong>, e o Apóstolo precisava <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> autodomínio e<br />

prudência.<br />

<strong>27</strong>. Fadig<strong>as</strong> e duros trabalhos,<br />

Os perigos acarretavam trabalhos, e por sua vez os trabalhos traziam frequentes<br />

perigos, que não lhe permitiam respirar nem um pouco.<br />

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