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espeito do futuro, a fim <strong>de</strong> não ofen<strong>de</strong>r os ouvintes por emitir altos conceitos <strong>de</strong> si<br />

mesmo e, conforme disse, provocar inveja, fá-los partícipes da exaltação, e diz que esta<br />

coroa <strong>de</strong> louvores lhes pertence. De fato, se <strong>as</strong>sim nos apresentamos, diz ele, nosso<br />

louvor é glória para vós, <strong>as</strong>sim como também alegramo-nos, exultamos e somos<br />

coroados quando estais na prosperida<strong>de</strong>. Ora, aqui também mais uma vez <strong>as</strong>sinala<br />

humilda<strong>de</strong> com o que <strong>as</strong>severa. Elabora o discurso, não qual mestre que se dirige aos<br />

discípulos, m<strong>as</strong> qual discípulo aos seus pares. E vê <strong>de</strong> que modo os eleva e enche <strong>de</strong><br />

sabedoria, remetendo-os àquele Dia. Não me relembreis o presente, diz ele, isto é, os<br />

ultrajes, <strong>as</strong> injúri<strong>as</strong>, os escárnios da parte <strong>de</strong> muitos; não têm gran<strong>de</strong> importância, nem os<br />

acontecimentos alegres, nem os dolorosos, nem os escárnios, nem os louvores humanos.<br />

M<strong>as</strong>, lembrai-vos daquele Dia <strong>as</strong>sustador e tremendo em que tudo será revelado. Então<br />

nós em vós, e vós em nós, reciprocamente nos gloriaremos, porque será evi<strong>de</strong>nte que<br />

tivestes tais mestres que nada <strong>de</strong> simplesmente humano ensinaram, nem viveram <strong>de</strong><br />

modo <strong>de</strong>sonesto, nem <strong>de</strong>ram ensejo ao vício e nós tivemos tais discípulos que não se<br />

portaram <strong>de</strong> forma apen<strong>as</strong> humana, nem vacilaram, m<strong>as</strong> com prontidão tudo acolheram,<br />

e <strong>de</strong> nenhum modo foram seduzidos. É evi<strong>de</strong>nte tudo isso agora aos dotados <strong>de</strong> bom<br />

espírito; então, porém, sê-lo-á a todos os homens. Por isso, embora agora nos aflijamos,<br />

temos não pequeno consolo, agora proveniente da própria consciência, então ainda<br />

daquela revelação geral. Pois agora é claro diante <strong>de</strong> nossa consciência que tudo fazemos<br />

pela graça <strong>de</strong> Deus, como vós também o sabeis e conheceis; m<strong>as</strong> então até os homens<br />

todos conhecerão nossos atos quanto os vossos e verão que mutuamente enaltecemos<br />

uns aos outros. De fato, não parecerá que o esplendor se origina só da glorificação, m<strong>as</strong><br />

também a eles oferece causa <strong>de</strong> ufania e livra-os d<strong>as</strong> presentes aflições. O Apóstolo, no<br />

intuito <strong>de</strong> consolar, dissera: Por vossa causa somos consolados. Fá-lo ainda aqui, ao<br />

afirmar: Dai-nos motivo <strong>de</strong> nos gloriarmos <strong>as</strong>sim como vós por nossa causa. Em tudo<br />

<strong>as</strong>socia-os a si, na consolação, nos sofrimentos, enfim em sua salvação, pois atribui essa<br />

salvação também às su<strong>as</strong> preces: “Vós colaborareis para tanto mediante a vossa<br />

prece”. “Deus nos libertou”. Assim igualmente diz que a ufania lhes é comum.<br />

Conforme ele diz mais acima: “Sabemos que, compartilhando os nossos sofrimentos,<br />

compartilhareis também a nossa consolação”, igualmente aqui: “somos para vós um<br />

motivo <strong>de</strong> glória, como sereis o nosso”.<br />

15. Animado por esta certeza, tencionava primeiramente ir ter convosco,<br />

Qual certeza o animava? Por confiar muito em vós, gloriar-nos por vossa causa,<br />

constituir<strong>de</strong>s para nós motivo <strong>de</strong> glória, imensamente vos amarmos, não termos<br />

consciência <strong>de</strong> mal algum, estarmos cientes <strong>de</strong> um relacionamento todo espiritual da<br />

nossa parte e disto ser<strong>de</strong>s vós testemunh<strong>as</strong>. “Tencionava ir ter convosco”;<br />

16. em seguida, p<strong>as</strong>saria para a Macedônia;<br />

Ora, havia prometido o contrário na Primeira Carta, nos seguintes termos: “Irei ter<br />

convosco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> p<strong>as</strong>sar pela Macedônia; pois hei <strong>de</strong> atravessar a Macedônia” (1Cor<br />

16,5). Por que então aqui <strong>as</strong>severa o oposto? Não é o oposto, absolutamente. Opunha-se<br />

ao que escreveu, não ao que queria. Por este motivo não enuncia: Escrevi que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

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