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humana, mesmo se o presencie todo o orbe, ninguém vê porque agiste <strong>de</strong>sta forma. E<br />

Cristo não somente disse: “Guardai-vos <strong>de</strong> praticar a vossa justiça diante dos homens”,<br />

m<strong>as</strong> acrescentou: “para ser<strong>de</strong>s vistos por eles” (Mt 6,1). Esse altar consta dos próprios<br />

membros <strong>de</strong> Cristo e o corpo do Senhor se torna teu altar. Venera-o: sobre a carne do<br />

Senhor ofereces a vítima. Esse altar é mais terrível do que o atual, não só do que o da<br />

Antiga Aliança. M<strong>as</strong> não te perturbes: é admirável por causa da vítima que se lhe impõe.<br />

O altar <strong>de</strong> quem se compa<strong>de</strong>ce, o é não só por este fundamento, m<strong>as</strong> porque é<br />

constituído pela própria vítima que pratica a misericórdia. Ainda nosso altar é<br />

maravilhoso porque sendo verda<strong>de</strong>iramente pedra por natureza, torna-se santo porque<br />

recebe o corpo <strong>de</strong> Cristo; o atual, contudo, porque ele próprio é o corpo <strong>de</strong> Cristo. Por<br />

conseguinte, mais terrível que aquele é este, perante o qual, tu, leigo, te encontr<strong>as</strong>. E o<br />

que pens<strong>as</strong> <strong>de</strong> Aarão, diante <strong>de</strong> tais realida<strong>de</strong>s? O que é a coroa? As campainh<strong>as</strong>? O<br />

santo dos santos? Por que estabelecer uma comparação com aquele altar, se mesmo<br />

comparado ao nosso, <strong>de</strong> tal modo se revela mais esplêndido? Com efeito, vener<strong>as</strong> o altar<br />

que acolhe o corpo <strong>de</strong> Cristo. M<strong>as</strong> o altar que é o próprio corpo <strong>de</strong> Cristo, tu o ultraj<strong>as</strong> e<br />

<strong>de</strong>sprez<strong>as</strong> quando está perecendo. Em toda parte, n<strong>as</strong> ru<strong>as</strong> e na praça po<strong>de</strong>rás ver<br />

colocado esse altar e a qualquer hora nele oferecer o sacrifício, pois nele se consuma a<br />

vítima. E como o sacerdote está <strong>de</strong> pé, invocando o Espírito, também tu invoc<strong>as</strong> o<br />

Espírito, não com a voz, m<strong>as</strong> pel<strong>as</strong> obr<strong>as</strong>. Nada po<strong>de</strong> extinguir o fogo do Espírito ou<br />

acendê-lo como este óleo, largamente <strong>de</strong>rramado. Se <strong>de</strong>sej<strong>as</strong> saber o que acontece<br />

relativamente a tua oferta, aproxima-te e mostrar-te-ei. Qual a fumaça <strong>de</strong>ste altar? Qual o<br />

bom odor? A glória e a ação <strong>de</strong> graç<strong>as</strong>. Até on<strong>de</strong> se eleva? Até o céu? Não, transcen<strong>de</strong> o<br />

próprio céu, e o céu dos céus e alcança o próprio trono do rei: “As tu<strong>as</strong> orações e <strong>as</strong> tu<strong>as</strong><br />

esmol<strong>as</strong> subiram até diante <strong>de</strong> Deus” (At 10, 4). Ora, o odor <strong>de</strong> suavida<strong>de</strong> sensível não<br />

corta uma gran<strong>de</strong> extensão do ar; este, porém, transpõe a própria abóbada celeste.<br />

Enquanto tu cal<strong>as</strong>, <strong>as</strong> ações clamam. Realiza-se um sacrifício <strong>de</strong> louvor, não <strong>de</strong> uma<br />

vitela imolada, nem <strong>de</strong> uma pele queimada, m<strong>as</strong> da alma espiritual a oferecer o que é<br />

seu. Este sacrifício é mais valioso do que toda espécie <strong>de</strong> amor aos homens. Se vês um<br />

fiel pobre, consi<strong>de</strong>ra que estás vendo um altar. Contempl<strong>as</strong> este pobre, não o injuries;<br />

respeita-o. Se um outro o injuria, não permit<strong>as</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-o. Desta maneira Deus ser-te-á<br />

propício, e conseguirás os bens prometidos. Sejam-nos dados a todos, pela graça e amor<br />

aos homens <strong>de</strong> nosso Senhor Jesus Cristo etc.<br />

Resposta à acusação <strong>de</strong> fraqueza<br />

III. APOLOGIA DE PAULO<br />

VIGÉSIMA PRIMEIRA HOMILIA<br />

10,1. Eu mesmo, Paulo, vos exorto pela mansidão e a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo – eu tão<br />

humil<strong>de</strong> quando estou entre vós face a face, m<strong>as</strong> tão ousado quando estou longe.<br />

2. Rogo-vos, não me obrigueis, quando estiver presente, a mostrar-me ousado,<br />

recorrendo à audácia com que tenciono agir contra aqueles que nos julgam como se<br />

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