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De fato, manifestei sinais, ensinei por palavr<strong>as</strong>, enfrentei perigos, levei vida íntegra. E<br />

tudo isso se evi<strong>de</strong>ncia nest<strong>as</strong> du<strong>as</strong> cart<strong>as</strong>, que corroboram cuidadosamente cada uma<br />

<strong>de</strong>st<strong>as</strong> afirmações.<br />

3. Esta é a minha resposta àqueles que me acusam:<br />

Qual “a minha resposta àqueles que me acusam”? Àqueles que querem saber <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> sou apóstolo, ou aos que me incriminam <strong>de</strong> ter aceitado dinheiro, ou àqueles que<br />

perguntam por que não recebi, ou aos que querem mostrar que não sou apóstolo, vossa<br />

instrução e o que vou dizer servem <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração e <strong>de</strong>fesa. O que <strong>as</strong>seguro?<br />

4. Não temos o direito <strong>de</strong> comer e beber?<br />

5. Não temos o direito <strong>de</strong> levar conosco uma mulher cristã?<br />

E como est<strong>as</strong> <strong>de</strong>clarações servem <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa? Porque, ao se manifestar que me<br />

abstenho até d<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> lícit<strong>as</strong>, é injusto suspeitar que seja mentiroso, ou que faça alguma<br />

coisa em vista <strong>de</strong> lucro pecuniário. Por conseguinte, o que mencionei acima, e o fato <strong>de</strong><br />

vos ter ensinado, e o que já disse, vos são suficientes para minha <strong>de</strong>fesa; e contra todos<br />

os que me interrogam, <strong>de</strong>tenho-me aqui, repetindo est<strong>as</strong> e aquel<strong>as</strong> <strong>as</strong>serções: “Não temos<br />

o direito <strong>de</strong> comer e beber? Não temos o direito <strong>de</strong> levar conosco uma mulher cristã?”<br />

Apesar <strong>de</strong> ter esse direito, abstenho-me. Como? Ele não comia? Não bebia?<br />

Frequentemente, com certeza, não comia nem bebia, porque disse: Com “fome e se<strong>de</strong>,<br />

frio e <strong>de</strong>snudamento!” (2Cor 11,<strong>27</strong>) – <strong>as</strong>sim vivíamos. Aqui, contudo, não é isso que<br />

<strong>as</strong>segura; o que diz então? Não comemos, nem bebemos do que recebemos dos<br />

discípulos, apesar <strong>de</strong> termos o direito <strong>de</strong> aceitar. “Não temos o direito <strong>de</strong> levar conosco<br />

uma mulher cristã”, como os outros apóstolos e os irmãos do Senhor e Cef<strong>as</strong>?<br />

Observa sua sabedoria: colocou em último lugar o corifeu. Aí coloca o mais forte dos<br />

principais. Nem é espantoso revelar que os outros faziam o mesmo que o primeiro, ao<br />

qual foram entregues <strong>as</strong> chaves do reino dos céus. De resto, não o exibe sozinho, m<strong>as</strong><br />

em companhia <strong>de</strong> todos, como se dissesse: quer examines os inferiores, quer os<br />

superiores, encontrarás exemplo em todos. Com efeito, os irmãos do Senhor, libertados<br />

da anterior incredulida<strong>de</strong>, achavam-se entre os mais ilustres, embora não cheg<strong>as</strong>sem a ser<br />

apóstolos; por isso colocou-os no meio, tendo os principais <strong>de</strong> um lado e <strong>de</strong> outro.<br />

6. Ou somente eu e Barnabé não temos o direito <strong>de</strong> ser dispensados <strong>de</strong> trabalhar?<br />

Vê a alma humil<strong>de</strong>, livre <strong>de</strong> qualquer inveja, que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> mencionar quem sabia<br />

ser seu companheiro nos trabalhos. Se o restante era comum entre eles, porque isso não<br />

o seria? Eles são apóstolos, eles e nós, e livres; vimos a Cristo e praticamos ações<br />

própri<strong>as</strong> <strong>de</strong> apóstolos. Nós, portanto, temos o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> viver em lazer e aceitar a<br />

subsistência da parte dos discípulos.<br />

7. Quem vai alguma vez à guerra com seus próprios recursos?<br />

Uma vez que, por meio da atitu<strong>de</strong> dos apóstolos, o argumento mais forte, mostra ser<br />

lícito agir <strong>de</strong>ssa maneira, por fim chega aos exemplos e ao uso comum, conforme<br />

costuma fazer e pergunta: “Quem vai à guerra com seus próprios recursos?” Quero<br />

que pon<strong>de</strong>res quão oportunos são aqueles exemplos e <strong>de</strong> que modo relembra primeiro<br />

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