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mesmo modo <strong>de</strong> pensar, m<strong>as</strong> não em tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> questões, adita: “Se<strong>de</strong> estreitamente<br />

unidos”. Quem se une em alguns pontos, em outros discorda, não está estreitamente<br />

unido, nem consente em tudo. Alguns concordam no modo <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, m<strong>as</strong> não em<br />

idêntica forma <strong>de</strong> julgar. Por exemplo, se apesar <strong>de</strong> termos a mesma fé, não estivermos<br />

unidos na carida<strong>de</strong>. Então, portanto, estamos unidos em pensamento (na verda<strong>de</strong><br />

pensamos <strong>de</strong> igual modo), m<strong>as</strong> não no modo <strong>de</strong> julgar. Tal suce<strong>de</strong> quando um escolhe<br />

uma opinião, e o outro difere. Em consequência, afirma o Apóstolo que precisamos unirnos<br />

em igual maneira <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r e no mesmo juízo. Os cism<strong>as</strong> não <strong>de</strong>rivaram <strong>de</strong><br />

discórdia relativa à fé; <strong>as</strong> opiniões eram divers<strong>as</strong> por emulação humana. Uma vez,<br />

contudo, que o acusado, enquanto não houver testemunh<strong>as</strong>, não se cora, vê como<br />

introduz testemunh<strong>as</strong> para não permitir que eles neguem.<br />

11. Com efeito, meus irmãos, pesso<strong>as</strong> da c<strong>as</strong>a <strong>de</strong> Cloé me informaram<br />

Não o disse imediatamente, m<strong>as</strong> primeiro coloca a acusação, porque confiara nos que<br />

<strong>de</strong>ram a notícia.<br />

Se não fosse realmente, não teriam acusado, pois Paulo não teria acreditado <strong>de</strong> modo<br />

temerário. Não disse logo que fora informado, a fim <strong>de</strong> não parecer que fora induzido<br />

por eles a acusar; nem calou seu nome, a fim <strong>de</strong> não aparentar que falava apen<strong>as</strong> por si<br />

mesmo. De novo <strong>de</strong>nomina-os irmãos. Pois, embora o pecado fosse manifesto, nada<br />

impedia que ainda os cham<strong>as</strong>se pelo nome <strong>de</strong> irmãos. Consi<strong>de</strong>ra sua prudência, pois não<br />

cita uma pessoa isolada, m<strong>as</strong> toda a c<strong>as</strong>a, a fim <strong>de</strong> que não fosse atacado o informante;<br />

<strong>as</strong>sim, portanto, o ocultou e <strong>de</strong>stemido manifestou a acusação. Não viu somente o que<br />

era proveitoso a eles, m<strong>as</strong> também a estes. Por isso não disse: Fui informado por alguns,<br />

m<strong>as</strong> menciona expressamente a c<strong>as</strong>a, a fim <strong>de</strong> não se julgar que estava inventando. O<br />

que <strong>de</strong>clara?<br />

Que existem rix<strong>as</strong> entre vós<br />

Ao repreendê-los, diz: “Não haja cism<strong>as</strong> entre vós”. Ao noticiar informações <strong>de</strong><br />

outros, emprega palavr<strong>as</strong> mais suaves: “Informaram-me que existem rix<strong>as</strong> entre vós”,<br />

para que não atac<strong>as</strong>sem juntos os que <strong>de</strong>ram a informação. Em seguida, explica qual a<br />

espécie <strong>de</strong> rixa:<br />

12. Cada um <strong>de</strong> vós diz: “Eu sou <strong>de</strong> Paulo!” ou “Eu sou <strong>de</strong> Apolo!” ou “Eu sou <strong>de</strong><br />

Cef<strong>as</strong>!”<br />

Não são rix<strong>as</strong>, diz ele, sobre questões particulares, e sim <strong>as</strong>suntos graves. “Cada um<br />

<strong>de</strong> vós diz...” A corrupção não atingira apen<strong>as</strong> uma parte, e sim toda a Igreja. Apesar <strong>de</strong><br />

não citar a si próprio, nem Pedro, nem Apolo, <strong>de</strong>monstra que se eles não serviam <strong>de</strong><br />

apoio, muito menos os <strong>de</strong>mais. Mais adiante explica que não falava a respeito <strong>de</strong>les,<br />

nesses termos: “Nisso tudo, irmãos, eu me tomei como exemplo juntamente com Apolo,<br />

a fim <strong>de</strong> que aprendais por meio <strong>de</strong> nós a máxima: ‘Não ir além do que está escrito’”.<br />

Com efeito, se não haviam <strong>de</strong> utilizar em proveito próprio os nomes <strong>de</strong> Paulo, Apolo e<br />

Cef<strong>as</strong>, muito menos o dos <strong>de</strong>mais. Se não <strong>de</strong>viam usar o nome do mestre, primeiro dos<br />

apóstolos, que catequizara tantos povos, muito menos os daqueles que nada eram. Por<br />

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