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Tomo I

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A CONQUISTA DA AUTONOMIAE A INCLUSÃO ESCOLARSiqueira De Andrade, MárciaCentro Universitário FIEO - UNIFIEO. BrasilRESUMENEste artigo trata do processo de conquista da autonomiasujeitos com necessidades educacionais especiais, egressosde escolas regulares. Durante muito tempo acreditava-se quea escola, que tivesse desenvolvido uma política inclusiva,poderia contribuir eficazmente para a adaptação de sujeitoscom necessidades educacionais especiais na sociedade,servindo como mediadora entre as partes. Depois verificou-seque esta não era a realidade que se apresentava, pois outrosfatores como a família e o próprio sujeito também interferiamnesta conquista. Esta análise também proporcionou a visãocrítica das relações que se estabelecem em torno do sujeitofamília-escolae de que maneira constituiu-se a autonomiadestes egressos.Palabras claveInclusão Sujeito Família EscolaABSTRACTTHE CONQUEST OF AUTONOMY AND THE VISION OFSCHOOL INCLUSIONThe current work ,revisit the research about the conquest ofautonomy in subject with special necessities education, thatcame from regular school. During a long time, the specialistshave believed that school develop a policy of inclusion andadaptation of the subjects in the society, but as a matter of fact,the family and the subject themselves also interfere in this contribution.This analysis opened a critical vision about relationshipbetween subject- family-school and how this autonomywas.Key wordsInclusion Subject Family SchoolMuitas pesquisas decorrentes do tema escola inclusiva, ouindivíduos com necessidades educacionais especiais, foramdesenvolvidas, no decorrer das últimas décadas, ganhandoênfase a partir de 1990, com a Conferência Mundial sobreEducação para Todos (Jomtiem, Tailândia) e depois, com aConferência Mundial sobre Educação Especial, 1994(Salamanca, Espanha), momento em que os olhares voltaramsepara a necessidade de se incluírem estes indivíduos na escolaregular, sem qualquer segregação ou exclusão, refletindosobre a contribuição que poderiam dar à sociedade.Durante muito tempo, a escola preocupou-se em manter aqualidade de ensino, tomando como base a média da >O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todosos indivíduos devam aprender junto a outros, em escolasregulares, sempre que possível, independente das dificuldadesou das diferenças que eles possam ter, como um meio defavorecer a construção da solidariedade. Por isso acreditou-setambém, que a escola deveria funcionar como mediadora doprocesso de aprendizagem e de adaptação social destesindivíduos.Ao incluir estes indivíduos nesta pesquisa, levou-se em contaaqueles que apresentaram algum problema de aprendizagem aolongo de sua escolarização, exigindo atenção específica e recursoseducacionais diferenciados, buscando compreender de quemaneira essas instituições poderiam ter influenciado a construçãoda autoria de pensamento deste sujeito aprendente.A partir da análise de conteúdo de dados coletados de trêssujeitos adultos, partiu-se para a compreensão destes no contextoem que vivem, buscando entender criticamente, o sentidoda comunicação oral, seu conteúdo manifesto, ou latente, esuas possíveis significações. Os temas sugeridos, para estaanálise foram retirados do discurso dos entrevistados estruturando-seem quatro tópicos:1. Percepção que o sujeito tem do distúrbio;2. Vida familiar - Modalidade de Ensinante dos pais;3. Vida Escolar - Modalidade de Ensino;4. Vida Atual - Desejo de Conhecer e Aprender.1. PERCEPÇÃO QUE O SUJEITO TEM DO DISTÚRBIO.Na análise feita percebeu-se em muitos momentos, que estesujeito aprendente-ensinante não tinha conhecimento do queocorria com ele. Este não-saber, que interfere no conhecimentoo distancia do real, aproxima dos segredos, daquilo que nãofoi dito, evitando a apropriação do conhecimento verdadeiro(Fernández ,1991).“Não conseguia me concentrar, não ficava quieta (...)” Entrevistado3[1]“Tinha fobia de ser perseguido, de ser discriminado (...) Tinhacomportamento agitado, mais agressivo (...) Entrevistado 2‘Tinha dificuldade para cumprir prazos, datas, organização,era alheio ao que acontecia ao meu redor (...) Entrevistado1Conhecer traz para o sujeito a estabilidade para interagir como meio, permitindo-lhe trabalhar mais adequadamente suasdificuldades, buscar o equilíbrio para adequar-se às marcasdaquilo que lhe falta. O conhecimento é, na verdade, o conhecimentodo outro, porque é o outro que o possui. Mas os sujeitosde alguma forma preferem ignorar sua situação deinstabilidade.455

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